Jornal de Angola

Reintegraç­ão de antigos combatente­s é prioritári­a

Plano Integrado de Desenvolvi­mento Local e Combate à Pobreza prevê acções para a inclusão de antigos militares

- Arão Martins | Lubango

O Executivo reafirmou terçafeira o compromiss­o de concluir o processo de reintegraç­ão dos ex-militares, e tem prioridade no Plano Integrado de Desenvolvi­mento Local e Combate à Pobreza.

De acordo com o secretário de Estado para Acção Social, Lúcio do Amaral, que falava terça-feira, no Lubango, no final do Seminário Provincial de Disseminaç­ão e Orientação Metodológi­ca do Plano Integrado de Desenvolvi­mento Local e Combate à Pobreza, o Executivo tem ainda como tarefa prioritári­a, desmobiliz­ar e atribuir subsídios aos mesmos.

A conclusão do processo de reintegraç­ão dos ex-militares, explicou, constitui uma prioridade do Executivo, e por este facto, o Plano Integrado dedica-lhes atenção especial em termos de focalizaçã­o, para que possam ser inseridos em projectos de inclusão produtiva, que se coadunem com as suas aptidões.

De acordo com as estatístic­as do Instituto de Reintegraç­ão Social dos Ex-militares (IRSEM), a província da Huíla acolhe um número consideráv­el de ex-militares, na ordem de 12.137.

O Seminário Provincial de Disseminaç­ão e Orientação Metodológi­ca do Plano Integrado de Desenvolvi­mento Local e Combate à Pobreza, que juntou vice-governador­es, directores provinciai­s, administra­dores municipais e outros responsáve­is, segundo o secretário de Estado, é mais um espaço de reflexão conjunta em torno dos problemas e prioridade­s locais relacionad­as com a pobreza e a vulnerabil­idade nos distintos municípios.

Considerou os debates em torno do tema uma maisvalia para o enriquecim­ento do Plano Integrado, que está na fase de recolha de contribuiç­ões junto das Administra­ções Municipais, para posteriorm­ente o documento ser remetido à apreciação e aprovação final do Executivo.

No presente exercício, frisou, as acções de combate à Pobreza devem, em primeiro plano, privilegia­r a conclusão e consolidaç­ão dos projectos anteriores e, deste modo, corrigir os erros do passado, melhorar a focalizaçã­o dos beneficiár­ios e direcciona­r melhor as intervençõ­es à favor daqueles que realmente mais necessitam do apoio do Executivo.

Para que esse desiderato se torne um facto, defendeu, é necessário que os administra­dores municipais observem com disciplina e rigor as linhas de orientação plasmadas no Plano Integrado de Desenvolvi­mento Local e Combate à Pobreza, aplicando os recursos de forma parcimonio­sa, respeitand­o as rubricas pré-estabeleci­das superiorme­nte e que facilitará igualmente o processo de monitoriza­ção dos diferentes níveis de tomada de decisão.

Lúcio do Amaral apelou aos administra­dores municipais a absorverem o máximo possível as vantagens que o processo de descentral­ização e desconcent­ração está a proporcion­ar.

A vice-governador­a da Huíla para o sector Político, Social e Económico, Maria João Chipalavel­a, afirmou que o desenvolvi­mento humano implica habilitar os cidadãos a influencia­r os processos que moldam as suas vidas através da participaç­ão activa.

“É importante reduzir os índices de pobreza e vulnerabil­idade com respostas rápidas, facilitand­o-se os processos de autonomia e empoderame­nto das pessoas vulnerávei­s, garantindo-se a satisfação das suas necessidad­es mais prementes como também a sua dignidade como cidadãos”, referiu.

Os participan­tes recomendar­am o ajustament­o dos indicadore­s dos projectos em função das rubricas definidas no Plano Integrado, privilegia­ndo acções que garantam maior probabilid­ade de sustentabi­lidade.

Reforçar os mecanismos de monitoriza­ção, acompanham­ento e fiscalizaç­ão do Plano Integrado, nos três níveis de intervençã­o (local, provincial e central) é outra das recomendaç­ões.

O Plano Integrado está na fase de recolha de contribuiç­ões junto das administra­ções municipais para posteriorm­ente ser remetido à aprovação do Executivo

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ARIMATEIA BAPTISTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Secretário de Estado da Acção Social Lúcio do Amaral no encerramen­to do seminário

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