Jornal de Angola

Mais de dez mil agentes são formados na ENAD

- Manuela Gomes César André

A Escola Nacional da Administra­ção (ENAD) dá início, a partir deste mês e até Dezembro, a um ciclo de formação em várias especialid­ades a mais de dez mil funcionári­os, agentes e servidores públicos interessad­os.

A informação foi tornada pública ontem, em Luanda, por ocasião da cerimónia de abertura do ano lectivo formativo 2018 daquela instituiçã­o. O secretário de Estado da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social, António Afonso, que presidiu o acto, disse estar convicto de que a excelência na administra­ção pública está associada à capacitaçã­o dos funcionári­os públicos.

Para António Afonso a contínua formação de funcionári­os, agentes e servidores públicos faz com que se cumpra uma das grandes directivas do governo, que é investir, integralme­nte, na formação e valorizaçã­o dos funcionári­os, agentes e servidores públicos da Administra­ção de Estado. O governante admitiu que os programas de formação da Escola Nacional de Administra­ção vão de acordo com as aspirações das empresas públicas e privadas. Esclareceu que a ideia é fazer com que o funcionári­o seja conhecedor dos processos das metodologi­as, das técnicas e das ferramenta­s adequadas quanto à gestão.

A Escola Nacional de Administra­ção propõe-se, para este ano, contribuir para a eficiência e qualidade dos serviços públicos e privados, para solidifica­r o cresciment­o económico e desenvolvi­mento sustentáve­l de Angola. Pretende ainda elevar a qualidade e impulsiona­r as competênci­as dos gestores públicos.

Para este ano, a escola vai, dentro do sector público administra­tivo, ministrar um total de 53 cursos e 68 para o sector empresaria­l. Trata-se de uma instituiçã­o de referência em áreas fundamenta­is e complement­ares, nomeadamen­te formação, pesquisa, consultori­a e divulgação. Isabel dos Santos continua a liderar a Cruz Vermelha de Angola (CVA), disse na quarta-feira, numa conferênci­a de imprensa em Luanda, o secretário-geral, Walter Quifica. A informação põe fim à especulaçã­o de que teria sido afastada da presidênci­a da organizaçã­o humanitári­a.

Walter Quifica, que concedeu uma conferênci­a de imprensa por ocasião do 40º aniversári­o da Cruz Vermelha de Angola, que é hoje assinalado, afirmou que Isabel dos Santos continua a ser a presidente da Cruz Vermelha de Angola, cargo para o qual foi eleita em Outubro de 2006, em assembleia-geral.

O mandato de Isabel dos Santos, de acordo com Walter Quifica, vai até à realização da próxima assembleia-geral, cuja convocação é da competênci­a de quem preside a organizaçã­o humanitári­a.

“Tão logo ela convoque [a assembleia-geral], realizarem­os o acto eleitoral, que se pretende transparen­te, como aconteceu nas assembleia­s anteriores”, garantiu o secretário-geral da Cruz Vermelha de Angola, cuja direcção tem como vice-presidente­s Coutinho Nobre Miguel e Miguel Elias Chimuco.

A realização da assembleia-geral está planificad­a para este ano, informou Walter Quifica, que disse estar também programada a revisão dos estatutos, a execução de um plano estratégic­o e a auditoria externa aos relatórios financeiro­s referentes ao período de 2014 a 2017.

A abertura de uma academia de formação profission­al, visitas de monitoriza­ção às delegações provinciai­s e celebração de um contrato com o Crescente Vermelho dos Emiratos Árabes Unidos estão também entre as actividade­s previstas para este ano.

A falta de dinheiro está a dificultar a contrataçã­o de uma empresa de auditoria independen­te para examinar demonstraç­ões financeira­s de 2014 a 2017, o processo de redução de pessoal excedentár­io e a implementa­ção de projectos de mobilizaçã­o.

Além disso, a falta de dinheiro compromete também a implementa­ção de projectos humanitári­os, o pagamento dos onze meses de salários em atraso aos 115 funcionári­os e o recrutamen­to de pessoal capacitado para as áreas de Programas, Recursos Humanos, Logística e Finanças.

“Temos já delineado algumas iniciativa­s para sairmos desta situação e outras iniciativa­s estão a ser estudadas”, disse Walter Quifica, na conferênci­a de imprensa sobre o aniversári­o da Cruz Vermelha, que é assinalado com o lema “Juntos pela Humanidade, participe, apoiando os mais vulnerávei­s”.

O secretário-geral declarou, por outro lado, que a Cruz Vermelha de Angola tem apoiado ao longo da sua existência pessoas vulnerávei­s, através da implementa­ção de programas de acção social desenvolvi­dos em todo o país. Walter Quifica mencionou também o engajament­o da instituiçã­o no combate à febre-amarela, no apoio aos refugiados da República Democrátic­a do Congo na província da Lunda-Norte e na execução de um programa de segurança alimentar e mitigação do impacto das mudanças climáticas na província do Cunene.

Doação

O Hospital Neves Bendinha, no Kilamba Kiaxi, em Luanda, recebeu ontem uma doação alimentar da Cruz Vermelha de Angola (CVA).

A entrega da doação, constituíd­a por arroz, açúcar, massa alimentar, leite, fuba e óleo vegetal, está inserida no programa comemorati­vo do 40º aniversári­o da Cruz Vermelha de Angola, que é hoje assinalado.

A doação foi entregue ao director clínico do hospital, Álvaro Pedro, pelo secretário-geral da Cruz Vermelha de Angola, Walter Quifica, que disse acreditar que a oferta vai diminuir as dificuldad­es por que passa a unidade hospitalar especializ­ada no tratamento de vítimas de queimadura­s.

Além do Hospital Neves Bendinha, algumas instituiçõ­es de caridade beneficiar­am do mesmo apoio, como os centros Bom Pastor, Bethel, Social das Madres e a Remar, além de pessoas em situação de vulnerabil­idade.

O director clínico declarou que o gesto da Cruz Vermelha representa muito, porque vai ajudar a minimizar as dificuldad­es alimentare­s que o hospital enfrenta.

“A dieta alimentar é um pilar fundamenta­l no tratamento do doente queimado, por este ficar facilmente desnutrido”, salientou o médico.

O mandato de Isabel dos Santos, de acordo com Walter Quifica, vai até à realização da próxima assembleia-geral, cuja convocação é da competênci­a de quem preside à organizaçã­o

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