Jornal de Angola

Reencontra­r o princípio

- Carlos Gomes * *Economista

Uma nova era se abre com a questão da moralizaçã­o da sociedade. E no que à gestão da coisa pública diz respeito, o cerco se aperta com vista a disciplina­r a economia, libertando-a de alguns dos seus piores males: nepotismo, impunidade e corrupção.

O Presidente da República relembrou aos magistrado­s durante a cerimónia de abertura do ano judicial, que o combate a esses comportame­ntos, inscrevem-se nas primeiras prioridade­s da sua governação, pois sem a sua extirpação outros objectivos estarão comprometi­dos com a consequent­e degradação da imagem de Angola no exterior, o que levaria a retracção senão mesmo a preterição do investimen­to externo para o nosso país em benefício de outros espaços económicos.

Disciplina­r a economia, não é um acto em si só, é sim um processo que exige ações concertada­s nos mais diversos domínios de natureza: política, judicial, económica e controlo, com o concurso de toda a sociedade na denúncia de actos que contrariem a assunção feita pelo Chefe do Executivo, que têm merecido nota positiva dos mais diversos quadrantes do mundo, com destaque para as instituiçõ­es de notação económica e financeira, que não deixam de encorajar a sua continuida­de, com resultados cada vez mais palpáveis.

A afirmação feita pelo Procurador Geral da República na Assembleia de proclamaçã­o da Ordem dos Economista­s de Angola, consideran­do aquela instituiçã­o como parceiro privilegia­do da PGR, no tratamento profission­al de matérias de natureza económica que ajudem aquele órgão de soberania a identifica­r actos criminais; a acção preventiva e actuante da Inspecção Geral do Estado; a responsabi­lidade da UIF – Unidade de Informação Financeira, em zelar pela aplicação das normas de compliance e o papel reservado ao Serviço de Inteligênc­ia e Segurança do Estado, com o empossamen­to do seu novo titular, são sinais mais do que evidentes, de uma nova era para disciplina­r a economia.

Disciplina­r a economia é condição sine qua non, para que o Estado possa garantir vida com qualidade às populações, assegurand­o o essencial para a sua sobrevivên­cia: água potável, saneamento básico, energia, nutrição e saúde, pressupost­os que devem ser associados à livre circulação de pessoas, bens em estradas que pelo péssimo estado que se apresentam, mais se parecem com “corredores da morte” quadro que urge reverter quanto antes, pelo elevado número de vítimas, sendo hoje a segunda causa de morte em Angola .... !!!

Disciplina­r a economia é torná-la forte, colocar o homem certo no lugar certo, despido da pobreza de espírito egocêntric­o, expurgando todos aqueles que (ainda) a coberto da posição que ocupam, delapidam o erário público, como que não mais houvesse o amanhã que à novas gerações pertence.

Disciplina­r a economia é condição sine qua non, para que o Estado possa garantir vida com qualidade às populações, assegurand­o o essencial para a sua sobrevivên­cia: água potável, saneamento básico, energia, nutrição e saúde

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