CARTAS DOS LEITORES
Música angolana
Sou cantor amador e frequento uma escola de música para aumentar os meus conhecimentos em matéria de canto. Escrevo pela primeira vez para o Jornal de Angola para abordar assuntos sobre a música angolana, numa altura em que as coisas parecem correr muito bem. Quando se fala de música angolana prefiro, dentro do meu optimismo moderado, olhar sempre para a componente positiva. A música angolana vai bem e recomendase, hoje mais do que nunca, porque conquista e solidifica-se no mercado angolano. É hora, em minha opinião, da música angolana conquistar mercados a nível da região de África e do Mundo para que saibamos “vender a imagem” de Angola lá fora. Há países cujo contributo da música para o PIB constitui um verdadeiro meio para a diversificação da economia. A indústria da música em Angola, de facto, emprega centenas de pessoas e ajuda numerosas famílias a aumentar a sua renda. Para terminar, gostaria de apelar às entidades públicas com poder de decisão e às privadas com “poder do bolso”, para que invistam mais na música.
Dia do consumidor
Celebrou-se esta semana o Dia Internacional do Consumidor, uma data importante numa altura em que o consumismo assume contornos de verdadeira preocupação a nível global. Mais do falar sobre os direitos do consumidor, uma realidade inegável hoje em dia, prefiro cingir-me às responsabilidades que um consumidor deve ter. As empresas fornecedoras de bens e serviços não se cansam de fazer prova de que são as melhores, mais eficazes e prontas a servir. E nem sempre essa melhoria, eficácia ou prontidão correspondem exactamente à qualidade do bem ou serviço a prestar e à satisfação dos clientes. Precisamos de estar muito atentos para não sermos “escravizados” pelo consumismo e promovermos o consumo moderado. Embora seja natural a tendência para os seres humanos consumirem mais e mais, na verdade, numa data como esta vale a pena fazer algumas reflexões em torno de factores como o consumo e a ganância, entre outros. Como aconselhava um estadista mundial, numa frase com valor proverbial, “há na terra todos os meios para satisfazer as necessidades humanas, mas não há para as ambições”.
Urge moderar o consumo para sermos capazes de preservar um Mundo melhor para as gerações mais novas.
Diplomacia americana
Tal como se previa, o afastamento do antigo executivo da ExxonMobil como secretário de Estado dos Estados Unidos da América (EUA), Rex Tillerson, aconteceu há poucos dias, com a sua demissão via Twitter, efectuada pelo Presidente Donald Trump. Ao longo do ano passado diziase até à exaustão que Rex Tillerson, o homem escolhido por Donald Trump, alegadamente sob sugestão de Condollezza Rice, para chefiar o Departamento de Estado, seria afastado. Dizia-se, inclusive, que tudo iria acontecer nos meses de Novembro ou Dezembro de 2017, numa altura em que as relações entre Tillerson e Trump iam de mal a pior.
A diplomacia norte-americana fica agora nas mãos de Mike Pompeo, o antigo homem forte da CIA, cujo perfil a lidar com dossiers como Rússia, Irão ou Coreia do Norte, é de “durão”, como dizem os brasileiros. Espero que Donald Trump tenha uma política externa menos virada para o uso do “Grande Cacete”, à boa maneira do antigo Presidente Teddy Roosevelt, mas seja inclinado para o pacifismo do assassinado Presidente John Fitzgerald Kennedy. Penso que o Conselho de Segurança da ONU deve exercer mais o papel na preservação da paz e segurança internacional.