Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- ARTUR CONTREIRAS Terra Nova AFONSO DUARTE São Paulo ANTÓNIO MASCARENHA­S JR Cabo Ledo

Música angolana

Sou cantor amador e frequento uma escola de música para aumentar os meus conhecimen­tos em matéria de canto. Escrevo pela primeira vez para o Jornal de Angola para abordar assuntos sobre a música angolana, numa altura em que as coisas parecem correr muito bem. Quando se fala de música angolana prefiro, dentro do meu optimismo moderado, olhar sempre para a componente positiva. A música angolana vai bem e recomendas­e, hoje mais do que nunca, porque conquista e solidifica-se no mercado angolano. É hora, em minha opinião, da música angolana conquistar mercados a nível da região de África e do Mundo para que saibamos “vender a imagem” de Angola lá fora. Há países cujo contributo da música para o PIB constitui um verdadeiro meio para a diversific­ação da economia. A indústria da música em Angola, de facto, emprega centenas de pessoas e ajuda numerosas famílias a aumentar a sua renda. Para terminar, gostaria de apelar às entidades públicas com poder de decisão e às privadas com “poder do bolso”, para que invistam mais na música.

Dia do consumidor

Celebrou-se esta semana o Dia Internacio­nal do Consumidor, uma data importante numa altura em que o consumismo assume contornos de verdadeira preocupaçã­o a nível global. Mais do falar sobre os direitos do consumidor, uma realidade inegável hoje em dia, prefiro cingir-me às responsabi­lidades que um consumidor deve ter. As empresas fornecedor­as de bens e serviços não se cansam de fazer prova de que são as melhores, mais eficazes e prontas a servir. E nem sempre essa melhoria, eficácia ou prontidão correspond­em exactament­e à qualidade do bem ou serviço a prestar e à satisfação dos clientes. Precisamos de estar muito atentos para não sermos “escravizad­os” pelo consumismo e promovermo­s o consumo moderado. Embora seja natural a tendência para os seres humanos consumirem mais e mais, na verdade, numa data como esta vale a pena fazer algumas reflexões em torno de factores como o consumo e a ganância, entre outros. Como aconselhav­a um estadista mundial, numa frase com valor proverbial, “há na terra todos os meios para satisfazer as necessidad­es humanas, mas não há para as ambições”.

Urge moderar o consumo para sermos capazes de preservar um Mundo melhor para as gerações mais novas.

Diplomacia americana

Tal como se previa, o afastament­o do antigo executivo da ExxonMobil como secretário de Estado dos Estados Unidos da América (EUA), Rex Tillerson, aconteceu há poucos dias, com a sua demissão via Twitter, efectuada pelo Presidente Donald Trump. Ao longo do ano passado diziase até à exaustão que Rex Tillerson, o homem escolhido por Donald Trump, alegadamen­te sob sugestão de Condollezz­a Rice, para chefiar o Departamen­to de Estado, seria afastado. Dizia-se, inclusive, que tudo iria acontecer nos meses de Novembro ou Dezembro de 2017, numa altura em que as relações entre Tillerson e Trump iam de mal a pior.

A diplomacia norte-americana fica agora nas mãos de Mike Pompeo, o antigo homem forte da CIA, cujo perfil a lidar com dossiers como Rússia, Irão ou Coreia do Norte, é de “durão”, como dizem os brasileiro­s. Espero que Donald Trump tenha uma política externa menos virada para o uso do “Grande Cacete”, à boa maneira do antigo Presidente Teddy Roosevelt, mas seja inclinado para o pacifismo do assassinad­o Presidente John Fitzgerald Kennedy. Penso que o Conselho de Segurança da ONU deve exercer mais o papel na preservaçã­o da paz e segurança internacio­nal.

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