Disponibilidade e leilões de divisas apoiam o crescimento
a sua projecção de crescimento económico de Angola este ano, de 2,2 por cento, ao aumento da disponibilidade de divisas ligada ao preço mais elevado do petróleo, bem como da produção de gás natural liquefeito até à sua capacidade máxima.
O director do Departamento Angola do FMI, que proferiu estas declarações ontem, em Luanda, no fim de uma missão de 15 dias consagrada à avaliação do desempenho económico do país, acrescentou que a adopção de um sistema mais eficiente de afectação de divisas e o aumento da confiança dos empresários também figuram entre os fundamentos das previsões de crescimento.
Ricardo Velloso avançou que as previsões do FMI também apontam para que, a médio prazo, Angola venha a beneficiar de taxas médias de crescimento económico de 5,00 por cento ao ano, embora existam riscos ligados, principalmente, à volatilidade do preço do petróleo.
O director do Departamento Angola do FMI afirmou, ao ler uma declaração de fim de missão, “que a economia angolana está a observar uma ligeira recuperação” e que “o novo Executivo está, correctamente, a concentrar-se na restauração da estabilidade macroeconómica e na melhoria da governação”.
“Além disso”, prosseguiu, “as perspectivas mais favoráveis relativamente ao preço do petróleo oferecem uma oportunidade para reforçar as políticas macroeconómicas e dar um ímpeto renovado às reformas estruturais”.
A taxa de crescimento económico prevista pelo FMI para este ano, foi, assim, revista em alta, e comparase com as projecções iniciais, que apontavam para uma expansão de 1,6 por cento.