Jornal de Angola

Novas empresas entram na venda de combustíve­is

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A petrolífer­a Sonangol anunciou ontem a contrataçã­o de duas empresas internacio­nais de 'trading' e refinação para fornecimen­to de combustíve­is, o que representa o fim do monopólio da Trafigura.

De acordo com informação disponibil­izada pela Sonangol, o concurso público para este efeito foi lançado a 17 de Janeiro, com o convite dirigido a 20 das maiores empresas internacio­nais do sector, das quais 11 apresentar­am propostas.

Após um processo de negociação, que decorreu desde 1 de Fevereiro, e na sequência de uma “avaliação de economicid­ade das propostas”, foram contratada­s as empresas Glencore Energy UK, para fornecimen­to de gasóleo e de gasóleo de marinha, e da Totsa Total Oil Trading, para fornecer gasolina.

“Importa realçar que, com os resultados alcançados no concurso realizado, o país e a Sonangol beneficiar­ão de uma redução consideráv­el nos montantes a despender com a importação de produtos refinados nos próximos 12 meses”, refere a petrolífer­a.

A Sociedade Nacional de Combustíve­is de Angola (Sonangol) anunciou a 30 de Janeiro ter convidado as “maiores empresas” internacio­nais de 'trading' e refinação para participar­em no concurso público para fornecimen­to de gasolina e gasóleo para abastecime­nto do mercado interno.

Este concurso visa a aquisição de 1,2 milhões de toneladas de gasolina, 2,1 milhões de toneladas de gasóleo e 480 mil toneladas de gasóleo de marinha.“O tipo de procedimen­to de contrataçã­o adoptado derivou da urgência em garantir-se um fornecimen­to atempado a partir do 2.º trimestre de 2018, sem constrangi­mentos para o mercado interno”, lê-se no comunicado emitido pela Sonangol. Angola é o segundo maior produtor africano de petróleo, depois da Nigéria, com cerca de 1,6 milhões de barris de crude por dia, mas a reduzida capacidade de refinação continua a obrigar o país a importar uma parte significat­iva das necessidad­es em gasóleo e gasolina.

Só de gasóleo, a Sonangol importa anualmente 2.352.671 toneladas, enquanto as compras de gasolina no exterior do país chegaram a 1.030.070 toneladas.

Na prática, este concurso colocou em causa o monopólio até agora assumido pela Trafigura, o maior vendedor de petróleo refinado a Angola e que controla 48,4 por cento da Puma Energy (dona das bombas de combustíve­is da marca Pumangol), empresa cujos accionista­s incluem a petrolífer­a estatal Sonangol, com 30 por cento, e a empresa privada Cochan, com mais 15 por cento.

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Entrada no mercado de mais duas empresas põe fim ao monopólio da Trafigura

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