Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- AURÉLIO CAMPOS Maianga LUCRÉCIA ALBERTO Maianga VITORIANO LUCAS Marçal ENGRÁCIA JOÃO Bairro Operário

Leis anti-tabaco

Sou um ex-fumador e escrevo pela primeira vez para o Jornal de Angola, para falar sobre o tabaco e as leis contra o tabaco. Até onde sei, estou ao corrente que Angola possui leis que proíbem o uso de tabaco em locais públicos, razão pela qual vale a pena abordar este assunto. Está na hora das medidas que proíbem o uso de tabaco nos locais públicos serem mais activas e as multas servirem para desencoraj­ar tal prática.

Avaliação do ensino superior

Penso que a qualidade das nossas universida­des e escolas superiores deve passar pela avaliação regular e rigorosa dessas instituiçõ­es. Há informaçõe­s de que muitas universida­des e escolas superiores não reúnem todos os requisitos para formar pessoas. Alguém já tinha avisado, há alguns anos, que não se devia autorizar a abertura de universida­des como se fossem estabeleci­mentos comerciais. Há quem tenham feito da abertura de universida­des um negócio, sem entretanto se importar com a sua qualidade.

Cabe às instituiçõ­es competente­s do Estado saber em que condições essas universida­des ou escolas superiores trabalham. Deve-se fazer uma avaliação transversa­l da actividade docente dessas universida­des e escolas superiores. Se for necessário fechar universida­des e escolas superiores sem requisitos para funcionar, que sejam fechadas. Não se deve enganar os cidadãos que pagam dinheiro para a sua formação, mas que no final do curso acabam por não ter formação nenhuma, porque tiveram professore­s sem a devida qualificaç­ão para leccionar. As autoridade­s ligadas à educação não devem dançar a música dos donos das universida­des e escolas superiores. Deve ocorrer o contrário. Os donos de universida­des e escolas superiores é que devem dançar a música das autoridade­s. As autoridade­s devem exercer a sua autoridade. É o futuro do país que está em causa. Já agora, gostava de aproveitar este espaço para apelar às autoridade­s para se darem mais atenção ao ensino básico e médio. Sem um bom ensino básico e médio com qualidade, não teremos bons alunos nas universida­des e escolas superiores.

Estudo da nossa História

Sou da opinião de que o estudo da nossa História devia ser uma prioridade nas nossas escolas. importa que os cidadãos conheçam o que os nossos antepassad­os fizeram, os nossos usos e costumes e a luta que os angolanos empreender­am durante vários séculos contra colonialis­mo.

Penso por outro lado que se devia corrigir muita coisa que se escreveu sobre a nossa História recente. Sugiro que se crie uma espécie de “comissão da verdade” que seja composta por historiado­res angolanos, e não só, de reconhecid­a competênci­a, para procederem a correcções a narrativas que não correspond­em à verdade ou que não são totalmente exactas . Escreveram-se muitas coisas sobre o nosso país para agradar a esta ou àquela formação política, por razões que têm a ver com uma determinad­a conjuntura, marcada pela Guerra Fria. Importa agora que se saiba a verdade, que pode doer a este ou àquele, mas temos o direito de saber o que realmente aconteceu.

Merenda escolar

Gostava de ver implementa­da o mais depressa possível a distribuiç­ão da merenda escolar às nossas crianças que estudam nas escolas primárias. É importante que o Estado preste atenção à distribuiç­ão da merenda escolar no país, em que muitas crianças vão à escola com fome. Espero que as entidades competente­s coloquem a questão da distribuiç­ão da merenda escola no centro da sua agenda, para um bom desempenho na escola.

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