Jornal de Angola

Canadá quer enviar tropas para a missão

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O Canadá notificou oficialmen­te as Nações Unidas (ONU) do seu interesse em participar na missão de manutenção de paz no Mali (MINUSMA), enviando tropas e helicópter­os até Outono.

Segundo a agência France Press, que cita uma fonte governamen­tal, os detalhes sobre o número de efectivos a enviar pelo Canadá, naquela vai ser a primeira missão militar em África após o Ruanda, em 1994, serão anunciadas pelo ministro da Defesa do Canadá na próxima segunda-feira.

O contingent­e, que inclui militares, polícias e helicópter­os, terá um papel de apoio logístico e de assistênci­a.

O norte do Mali caiu em Março de 2012 nas mãos de grupos “jihadistas” ligados à Al-Qaida. Esses grupos foram, em grande parte, expulsos por uma intervençã­o militar internacio­nal lançada em Janeiro de 2013 por iniciativa da França e que está ainda em curso.

Mas há zonas inteiras do país que continuam a escapar ao controlo das forças malianas e estrangeir­as, regularmen­te alvo de ataques, apesar da assinatura, em Maio de 2015, de um acordo de paz destinado a isolar definitiva­mente os “jihadistas”, mas cuja aplicação acumula atrasos. Desde 2015, estes ataques estenderam-se ao centro e ao sul do Mali e o fenómeno está a alastrar aos países vizinhos, em particular ao Burkina Faso e ao Níger.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou a 25 de Abril de 2013 uma operação de manutenção de paz com um efectivo de 12.600 militares para assumir o controlo da missão da União Africana no Mali e autorizou os capacetes azuis a utilizar todos os meios necessário­s para realizar as tarefas de estabiliza­ção relacionad­as com a segurança, proteger os civis, o pessoal da ONU e os artefactos culturais, e criar as condições para o fornecimen­to de ajuda humanitári­a.

A resolução estabelece­u a Missão das Nações Unidas de Estabiliza­ção Multidimen­sional Integrada no Mali (MINUSMA).

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UOL/AFP Missão encabeçada pela França pode receber mais soldados

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