Pequim pede fim dos contactos com a ilha
A China pediu aos Estados Unidos para corrigirem o seu erro sobre Taiwan, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter aprovado uma lei para reforçar os laços com a ilha.
O Taiwan Travel Act, aprovado na Câmara dos Representantes e no Senado, encoraja os altos representantes norte-americanos a viajar para Taiwan para encontros com os seus homólogos, assim como o inverso.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lu Kang, declarou que a lei viola gravemente o princípio de uma só China e envia um muito mau sinal às forças separatistas próindependência de Taiwan.
“A China opõe-se fortemente a isto”, afirma o porta-voz num comunicado distribuído no sábado e citado pela France Press. No mesmo comunicado, Pequim pede a Washington que corrija o erro e termine qualquer ligação oficial com Taiwan ou de reforçar, de forma substancial, as suas relações actuais com Taiwan.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana. No dia cinco, o primeiroministro chinês, Li Keqiang, advertiu Taiwan de que Pequim não vai tolerar qualquer fantasia independentista, numa altura de renovadas tensões devido à maior aproximação de Taipei a Washington.