BNA quer mais entrega na educação financeira
Literacia, uso consciente do crédito e endividamento foram os principais pontos apresentados nas palestras
A Direcção Regional Sul do Banco Nacional de Angola (BNA) quer que os professores se empenhem mais na transmissão de conhecimentos ligados à educação financeira, como forma de começar a construir uma sociedade mais consciente em relação à poupança.
Esse desejo foi manifestado no Lubango, província da Huíla, pelo delegado Regional do BNA, Sandro Santos, ao explicar que o consumo quando é excessivo e desnecessário provoca problemas de liquidez nas famílias. O responsável destacou a importância de se encontrar outras técnicas para se fazer poupança, apontando como uma delas a necessidade de se evitar ir às compras sem planificar, “porque quando isso acontece e se o bolso tiver capacidade para tal, gasta-se mais do que se devia”.
Sandro Santos indicou ainda a importância de delegar a missão de compras a outras pessoas, pois, um terceiro solicitado para tal adquirirá apenas aquilo que lhe é orientado. Mas, “mais do que isso as famílias devem perceber que o dinheiro no futuro faz sempre falta, daí que é aconselhável abdicar-se do excesso de consumo diverso”, disse. O bancário frisou que a poupança constitui uma acção de “extrema importância na vida dos cidadãos”, para que estes cabimentem as despesas convenientemente.
O gestor falava numa palestra sobre a importância de capitais, promovida pelo BNA em parceria com o sector da Educação, Ciência e Tecnologia, que juntou 51 crianças da 5ª e 6ª classes da Escola nº 59, no âmbito da “Semana Global do Dinheiro”.
Actividades em Luanda
A réplica do BNA, a barra de ouro, o libongo, marfim, cobre, a colecção de moedas desde os primórdios da independência, o “puzzle” de cinco mil kwanzas, as notas em maquetas criadas em 1926, a caderneta de cheques assinada em 1978 pelo primeiro Presidente da República, António Agostinho Neto, foram, até ontem, o centro das atenções de mais de 15 mil pessoas que acorreram à “Praça da Moeda”, local que acolheu a “Semana Global do Dinheiro”.
Outro património histórico apresentado são as moedas metálicas, o puzzle criado com a nota de cinco mil kwanzas e o primeiro cofre utilizado pelo Banco Nacional Ultra Marino Português, desde 21 de Agosto de 1865. Muitos jovens mostraram-se surpresos com a quantidade e qualidade de patrimónios culturais e históricos existentes no local, já que não tinham noção da existência dos mesmos.
Aos curiosos, os guias e historiadores explicaram a verdadeira essência do dinheiro em Angola, desde a troca, símbolos monetários, às variedades de moedas até à actualidade. Das crianças e jovens que acorreram à acção, 60 por cento são de escolas públicas e privadas. Os visitantes aprenderam também como criar competências para a gestão das finanças pessoais.