Jornal de Angola

Joãozinho Morgado na história da percussão angolana

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dos tambores, também designados “bumbos”, entraram na história da Música Popular Angolana pelas mãos hábeis de Xodó e Amadeu Amorim, Ngola Ritmos, Julinho, Águias-Reais, os lendários Petengué e Mangololo, Ngoma Jazz, Massano Júnior, África Show, Vieira João, Bongos de Benguela, Candinho, Kissanguel­a, Kangongo, Jovens do Prenda, e do histórico, Joãozinho Morgado, dos “Negoleiros do Ritmo” e “Merengues”. Incluímos na nossa classifica­ção a versão mais reduzida do tambor, a tradiciona­l “caixa”, instrument­o de madeira e pele percutida, de importânci­a fundamenta­l na execução e estruturaç­ão rítmica do semba. Ímpar no seu estilo, João Lourenço Morgado nasceu em Luanda, no Bairro Operário, no dia 7 de Fevereiro de 1947 e começou a marcar, com apenas dez anos de idade, o compasso rítmico das tumbas.

Em 1957, seguia a Turma do Santo Rosa, as turmas eram versões reduzidas dos grandes grupos de carnaval, e o tamborista Lúpi Lumbi Yaya, palmilhand­o as ruas do Bairro Operário nos períodos de festa e de eufórica movimentaç­ão de carnaval. Com catorze anos, Joãozinho Morgado ajudou a fundar uma pequena formação musical de bairro com Carlos Giovetti, chocalho, Franco, bate-bate, Domingos Infeliz, reco-reco, João da Sparta, caixa, embrião que viria a dar depois na fundação dos “Negoleiros do Ritmo”, já com Dionísio Rocha, na condição de principal vocalista e compositor.

Joãozinho Morgado foi homenagead­o no dia 20 de Julho de 2007, em cerimónia realizada no Centro Recreativo e Cultural Kilamba, pelo “contributo dado ao desenvolvi­mento da música angolana”, ao longo dos quarenta e nove anos de carreira, numa iniciativa da Brás Som, do empresário angolano Ilídio Brás.

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A mística e o simbolismo

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