Executivo contra criação de cursos sem condições
Maria Sambo defende a melhoria das infra-estruturas e a garantia de mais apoios sociais aos estudantes da província
A ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria Bragança Sambo, orientou terça-feira, em Malanje, os gestores a evitarem a criação e proliferação de cursos superiores sem o mínimo de condições exigidas que garantam uma formação adequada.
A governante, que falava no final da visita que efectuou às instituições do Ensino Superior em Malanje, garantiu que o Executivo pretende melhorar, de forma progressiva, a qualidade dos serviços prestados à sociedade pelas instituições do ensino superior.
“Esta é uma mensagem que nós queremos fazer passar para que o Executivo consiga concentrar-se naqueles projectos já em curso no país, de acordo com orientações do Presidente da República”, disse a ministra.
Maria Bragança Sambo defendeu a melhoria das condições das infra-estruturas e a garantia de mais apoios sociais aos estudantes.
A governante referiu que, apesar dos resultados animadores fruto do trabalho que está a ser desenvolvido no domínio do ensino superior na região, urge também a necessidade da capacitação dos recursos humanos, corpo docente, não docente, assim como o ingresso e a promoção dos professores.
Relativamente aos recursos humanos, a ministra Maria Bragança disse ser necessário “melhorar alguns aspectos positivos e corrigir os que são negativos”, sobretudo no que a contratação de quadros e a formação de gestores de recursos humanos diz respeito.
Maria Bragança Sambo disse esperar que as acções de formação sobre gestão de recursos humanos, que são realizadas em Luanda, ajudem a melhor esta vertente.
Obras em atraso
Na sua visita a Malanje, em que se fez acompanhar de quadros do sector, a ministra visitou as obras de construção do Instituto Superior de Tecnologia Agro-Alimentar, no bairro do Camibafu, com capacidade para 350 alunos.
As obras, iniciadas em 2013, registam atrasos devido à falta de financiamento em consequência da crise.
A instituição, que comporta dez salas de aula e 24 laboratórios de processamento de alimentos secos e frescos, deve obedecer às normas de tramitação internacional do ensino, sobretudo da União Europeia, disse a titular da pasta do sector do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia.
Neste momento, de acordo com a ministra do Ensino Superior, faltam concluir algumas obras relativas à energia eléctrica, água e aos laboratórios.
Maria Bragança Sambo visitou a Faculdade de Medicina de Malanje, afecta à Universidade Lueji a Nkonde, as instalações provisórias do Instituto Superior de Tecnologias Agro-Alimentar, o único no país, estando a funcionar na escola do I e II ciclo Amílcar Cabral.
A ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação visitou também a Escola Superior Politécnica de Malanje.
A governante considerou que a Faculdade de Medicina de Malanje tem limitações sérias em termos de condições para os laboratórios de aulas práticas, bem como a falta de docentes angolanos. Defendeu, por isso, mais esforços no sentido de incorporar os monitores formados.
A ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação reuniu-se com os responsáveis na presença do governador provincial de Malanje, Norberto dos Santos, tendo deixado recomendações aos gestores das instituições do ensino superior da província.
A cidade de Malanje registou muitos avanços, na área da educação onde até pouco tempo existia apenas um Instituto Médio, e que, nos últimos anos foram construídas muitas escolas.
Ainda no capítulo da educação, o ensino superior viu erguer vários institutos públicos e privados, quando há mais ou menos cinco anos havia apenas a Escola Superior Politécnica de Malanje em funcionamento.
Maria Sambo defendeu a necessidade de melhorar aspectos positivos e corrigir os que são negativos sobretudo na contratação de quadros e na formação de recursos humanos