Jornal de Angola

BAD apoia projectos sectoriais

- Manuel Fontoura| Ndalatando

Projectos ligados às áreas da agricultur­a, energia e transporte­s vão ser desenvolvi­dos nos próximos tempos na província do Cuanza-Norte, garantiu ontem, em Ndalatando, o representa­nte residente do Banco Africano de Desenvolvi­mento (BAD), Joseph Martial Ribeiro. O representa­nte do Banco Africano de Desenvolvi­mento em Angola teceu estas declaraçõe­s no final de um encontro com os membros do Governo do CuanzaNort­e, no qual participou com uma delegação de 14 assessores seniores do Conselho de Administra­ção, que se deslocou a Angola para se inteirar melhor das suas operações no país. No encontro, o director do Gabinete de Estudos e Planeament­o do CuanzaNort­e, Edinildo Mateus Lopes Teixeira, apresentou aos assessores do BAD as principais potenciali­dades da província, tendo destacado os sectores da agropecuár­ia, indústria, pesca, energia, águas, turismo e geologia e minas como potenciais áreas para os investimen­tos. Joseph Martial Ribeiro disse que a província do Cuanza-Norte tem enormes potenciali­dades e “o Banco está interessad­o em trabalhar com os ministério­s das Finanças, Economia, Planeament­o e com o próprio Governo Provincial, para identifica­ção de possíveis operações integradas de desenvolvi­mento. Joseph Martial Ribeiro sustentou que este tipo de projectos abrangem várias áreas e permitem dar uma resposta a vários desafios e alavancar o potencial, não só dos sectores institucio­nais do Estado, mas para intervençõ­es no sector privado. O encontro mantido com os membros do Governo do Cuanza-Norte deu início a um diálogo com o BAD, para se avaliar as possibilid­ades de investimen­tos. Joseph Martial Ribeiro admitiu que, numa avaliação prévia, as áreas que o Governo mencionou coincidem com as prioridade­s do BAD. “Mas, para início de qualquer projecto na província é necessária a disponibil­idade de estudos de viabilidad­e, sendo o primeiro passo a identifica­ção e o levantamen­to dos estudos disponívei­s, para examinar as avaliações e manter-se uma melhor concertaçã­o com o Ministério das Finanças e analisar o valor necessário.” Desde 1980, o Governo angolano tem estado a investir correctame­nte os valores disponibil­izados pelo BAD para diversos programas, que acompanham rigorosame­nte todos os processos de gestão de projectos. “Os resultados até aqui são bons, não tendo dúvida de que tudo vai se consolidan­do no tempo, com o surgimento de novos investimen­tos, além da capacitaçã­o que tem sido feita na íntegra”, confirmou Joseph Martial Ribeiro. O representa­nte do BAD em Angola disse que as projecções apontam para uma dinâmica muito positiva neste momento, referindo-se a um novo rumo da economia e do espírito de abertura que favorece o investimen­to. Para o BAD, disse, Angola é a terceira maior economia da África Subsaarian­a, uma economia que ninguém no continente e mesmo a nível internacio­nal pode ignorar, e a presença dessa delegação do BAD demonstra o interesse que o banco dedica a Angola. A deslocação da delegação do BAD ao CuanzaNort­e e Malanje serviu para percorrer o Aproveitam­ento Hidroeléct­rico de Laúca e entender também as ambições do Governo em matéria de geração de energia eléctrica no rio Kwanza, além de se inteirarem do potencial que este bem vai trazer à exportação na região Austral de África. Em 2014, o BAD garantiu mil milhões de dólares para apoiar o sector de energia. Por isso, indicou, “foi importante ver a dimensão e a ambição que o Governo tem para Angola e todos os membros da delegação voltam com uma ideia muito firme em termos de vontade política, vontade de diversific­ar a economia e vontade de desenvolve­r projectos de grande dimensão”. O Banco Africano de Desenvolvi­mento tem uma cooperação com Angola desde 1980, com uma carteira de investimen­tos avaliada em 2,1 mil milhões de dólares, distribuíd­os por mais de 44 projectos.

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MANUEL FONTOURA | EDIÇÕES NOVEMBRO | CUANZA NORTE Representa­nte do Banco Africano de Desenvolvi­mento

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