Naufrágio em Cabinda sem vítimas
Uma embarcação artesanal, que fazia o percurso Soyo/Cabinda com oito pessoas a bordo, na zona marítima do Lubendo, em Cabinda, naufragou na quinta-feira, tendo sido resgatados todos os seus ocupantes.
Uma embarcação artesanal de fabrico de madeira, com oito pessoas a bordo e que fazia o percurso Soyo Cabinda, naufragou na na zona marítima do Lubendo, em Cabinda, tendo os ocupantes sido resgatados com vida.
A embarcação denominada “Emília Ngungui”, de 18 metros de comprimento, registada na Capitania do Porto de Cabinda com a matrícula CPC-11-59, transportava oito pessoas, entre as quais um menor de 11 anos e uma senhora, todos a salvo. A bordo também tinha uma carga composta por três mil grades de refrigerantes.
André Marcos, 43 anos, um dos tripulante da embarcação, disse ao Jornal de Angola que a embarcação partiu do Soyo, província do Zaire, às 6h00 de quinta-feira, 22, e previa chegar à costa marítima de Cabinda às 15 horas do mesmo dia. Esclareceu que depois de várias milhas de navegação foram surpreendidos com uma chuva acompanhada de fortes ventos e calemas, o que dificultou a manobra da embarcação, acabando por naufragar.
O tripulante disse que, por sorte, os utentes da embarcação dispunham de colectes salva-vidas, o que evitou o afogamento. Sublinhou que com o auxílio de uma tábua e bidões de combustível, e movidos pelas ondas do mar, deram à costa à nado às 23 horas na zona da praia do Lubendo, a sul de Cabinda. À chegada à costa, os sinistrados acolhidos por efectivos da Polícia de Guarda Fronteira estacionados na área, que posteriormente os encaminhou para o Hospital Central de Cabinda, onde receberam assistência médica. O médico de serviço no Banco de Urgências no hospital, Love de Oliveira, disse ao Jornal de Angola que os pacientes foram imediatamente observados e concluiu-se que o estado de saúde dos mesmos não inspirava cuidados.
“Os pacientes queixaramse de dores musculares devido ao esforço que fizeram em nadar para chegarem à costa. Estão bem e gozam de boa saúde e, brevemente, deverão receber alta médica”, disse o médico.
O proprietário da embarcação, José Sebastião Manuel, assegurou ao Jornal de Angola que a mesma se encontrava em boas condições e que possui os meios exigidos pela Capitania do Porto de Cabinda para efeitos de navegação. O responsável da segurança marítima da Capitania do Porto de Cabinda, Fernando Massiala, referiu que a embarcação foi licenciada para exercer apenas actividade de pesca e não de cabotagem.
Fernando Massiala assegurou ao Jornal de Angola que os proprietários da embarcação infringiram às normas marítimas de navegação, ao exercerem uma actividade pela qual não foram licenciados.Fernando Massiala disse que o proprietário da embarcação pode ser punido com o pagamento uma multa ou a retirada da licença de navegação.