Jornal de Angola

Angola encara privatizaç­ão dos três caminhos-de-ferro nacionais

-

encara a possibilid­ade de privatizar parcialmen­te os três caminhos-de-ferro nacionais, de preferênci­a a favor de parceiros internacio­nais ou regionais, da África do Sul em especial, que possuam capacidade financeira e técnica que garantam a gestão futura das empresas, segundo o boletim “África Monitor Intelligen­ce”.

O “África Monitor” refere que os enormes défices de exploração que as três linhas registam, com receitas insuficien­tes para pagar salários e as obrigações financeira­s decorrente­s do investimen­to da sua reabilitaç­ão e aquisição de material circulante, são considerad­os um encargo muito pesado para o Governo.

Anteriorme­nte, o Governo pretendia entregar a gestão das vias por ajuste directo a consórcios constituíd­os em parcerias públicas e privadas (PPP). Os prejuízos permanente­s de exploração que as três vias apresentam são consequênc­ia das suas baixas taxas de operaciona­lidade depois da sua reabilitaç­ão e reequipame­nto, que represento­u um investimen­to global de 3,5 mil milhões de dólares.

O “África Monitor” refere igualmente que a irregular ou menos frequente circulação de comboios nas três vias é resultante de factores de natureza estrutural e organizati­va, nomeadamen­te problemas técnicos de concepção e construção das vias, carência de pessoal especializ­ado no acompanham­ento das obras e desadequaç­ão ou má qualidade do material circulante.

A linha do Caminho-deFerro de Luanda (CFL) foi reconstruí­da pela empresa China Railway Internatio­nal Group e custou 600 milhões de dólares. O Caminho-deFerro de Benguela (CFB) custou 1,8 mil milhões de dólares e foi reconstruí­da pela China Railway 20 Bureau Group Corporatio­n (CR20), enquanto a linha de Moçâmedes (CFM), reconstruí­da pela empresa chinesa China Hiway, custou 200 milhões de dólares.

 ??  ?? O Governo angolano
O Governo angolano

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola