Jornal de Angola

Polícia devolve carteiras roubadas

- Weza Pascoal| Menongue Adelaide Mualimusi | Cahama

O Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC), na província do Cuando Cubango, devolveu à Direcção Provincial de Educação, Ciência e Tecnologia 980 cadeiras escolares, 133 carteiras,oito secretária­s, dois quadros e um armário, recolhidos em algumas instituiçõ­es religiosas e residência­s de populares, que haviam sido retiradas de escolas na cidade de Menongue, capital da província.

O porta-voz do SIC local, Paulo de Novais, disse à imprensa que, das 980 cadeiras recolhidas, 422 foram encontrada­s em igrejas e capelas, ao passo que as 133 carteiras, armários, quadros e as secretária­s estavam em residência­s particular­es.

Paulo de Novais explicou que, a operação de recolha do material escolar foi feita em resposta a uma denúncia feita no dia 12 de Fevereiro pela Direcção Provincial da Educação, que dava conta do desapareci­mento constante do material escolar, inclusive em escolas recentemen­te apetrechad­as.

Fez saber que não foi possível passar em todas as residência­s porque algumas se encontrava­m fechadas, mas garantiu que a operação vai continuar por um longo período no sentido de desencoraj­ar à população e os líderes religiosos a enveredare­m no roubo de material escolar para as suas actividade­s.

“A operação serviu também para transmitir à população, de forma pedagógica, para não saquear bens públicos, e denunciar instituiçõ­es e pessoas que ainda têm em sua posse mobiliário escolar”, disse o porta-voz do SIC.

Segundo Paulo de Novais, a polícia não vai tolerar mais os prevaricad­ores, pois quem não entregar os materiais que tiver em posse até ao final do mês, será responsabi­lizado criminalme­nte.

“O roubo constitui crime, quem o praticar estará a contas com à Justiça. Por isso, estamos a dar uma moratória para que devolva o património do Estado sem a força da lei”, apelou.

Por seu lado, o director provincial da Educação, Miguel Canhime, disse que o problema do roubo de carteiras e de outros equipament­os escolares “estava a se tornar insustentá­vel, razão pela qual foi solicitada a intervençã­o da polícia para se pôr cobro ao vandalismo e desencoraj­ar os saques dos bens públicos”.

“Os que ainda têm materiais escolares em posse”, adiantou, “devolvam já porque a polícia não os vai poupar, serão detidos e levados à juízo, quem ignorar os nossos apelos vai lhe sair caro,” rematou. Os trabalhos de reabilitaç­ão do troço entre Otchinjau e Oncócua, numa extensão de 75 quilómetro­s, no município do Curoca, Cunene, arrancam no próximo ano, revelou, ontem, em Ondjiva, o ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares de Almeida que se encontra de visita à província.

“A circulação rodoviária entre Otchinjau e Oncócua tem de estar normalizad­a, sobretudo porque as duas localidade­s produzem granito, mármores e outros recursos existentes minerais que têm de ser escoados para outras regiões”, disse o ministro. O governante desembarco­u em Ondjiva provenient­e da província do Cuando Cubango.

O ministro constatou as obras de reabilitaç­ão do troço entre Ondjiva e Omala, no município do Cuanhama, que estão em curso desde o ano passado, numa extensão de 80 quilómetro­s.

Manuel Tavares de Almeida inteirou-se das obras na Estrada Nacional 372, que liga a cidade de Ondjiva à localidade do Cuamato, e da projecção do troço XangongoCa­lueque, infra-estruturas situadas no município de Ombandja.

Na sua óptica, a reabilitaç­ão da estrada OndjivaMen­ongue que desemboca na cidade do Lubango, “deve arrancar já para facilitar a circulação de pessoas e bens entre as três províncias do sul do país”.

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EDUARDO CUNHA | EDIÇÕES NOVEMBRO Os trabalhos vão englobar o asfaltamen­to do troço

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