Deolinda Rodrigues lembrada
Familiares e companheiros de Deolinda Rodrigues relembraram ontem alguns momentos vividos com aquela nacionalista, durante a apresentação da reedição do livro “Diário de Deolinda Rodrigues, um exílio sem regresso”.
A apresentação esteve a cargo do secretário do MPLA para as Relações Internacionais, Julião Mateus Paulo “Dino Matross”. O companheiro de luta da heroína disse que a obra conta a história do MPLA e de Angola. No livro, referiu, encontra-se uma enorme quantidade de informações, que relatam a vida de Deolinda Rodrigues no exílio e o início da luta armada de libertação nacional, em 1961.
A crise interna que se instalou no seio do partido a 7 de Julho de 1963, baseada nos conflitos com Viriato da Cruz e Matias Migueis, assim como as dificuldades de expansão da luta e os entraves colocados pela UPA-FNLA/GRAE são outros aspectos relevantes abordados no livro.
“Diário de Deolinda Rodrigues, um Exílio sem Regresso” está recheado de factos fascinantes e histórias da vida real com anotações de pessoas, locais e acontecimentos do passado, relatando o contexto difícil da luta de libertação nacional contra o colonialismo português”, referiu Dino Matross, que já foi secretário-geral do MPLA.
Roberto de Almeida, irmão de Deolinda Rodrigues, também falou um pouco sobre o percurso de “Langidila”, nome de guerra da irmã que quer dizer “toma cuidado ou atenção”, “proteja-se” ou ainda “cuide-se”.
O deputado disse que Deolinda Rodrigues “ultrapassou a linha de fronteira familiar e situou-se na linha dos lutadores indomáveis pela causa da independência nacional”.