Governo espanhol critica Parlamento
O Governo espanhol disse ontem que a detenção do candidato à presidência do governo regional da Catalunha, Jordi Turull, impossibilita a sua participação na segunda votação para a investidura, marcada para ontem.
Segundo a agência EFE, que cita fontes do Governo, o executivo entende que o presidente do Parlamento, Roger Torrent, deve atender às pretensões dos partidos para suspender a sessão de investidura que estava prevista para ontem.
O PP, o Ciudadanos e o Partido dos Socialistas da Catalunha apelaram a que seja adiada a sessão de investidura prevista para hoje (ontem), depois de o candidato à presidência do governo regional, Jordi Turull, receber ordem de detenção.
O presidente do Parlamento não alterou a data da sessão de investidura, depois de Jordi Turull ter falhado quinta-feira a eleição à primeira volta no Parlamento regional.
Numa petição, o partido Ciudadanos pede a imediata e urgente desconvocação da sessão de hoje (ontem) para “salvaguardar a plena e total garantia dos direitos e faculdades de todos os deputados”, refere a agência Efe.
O PSC (Partido dos Socialistas da Catalunha) solicitou, também, que a sessão de ontem fosse adiada dada as novas circunstâncias que impossibilitam que a sessão de investidura possa acontecer com normalidade, devido à forçada ausência do candidato.
O Tribunal Supremo de Espanha decidiu na sextafeira aplicar prisão efectiva sem fiança a cinco políticos independentistas catalães, suspeitos do delito de rebelião, no quadro da tentativa de criação de uma república independente na Catalunha, região autónoma.
O juiz Pablo Llarena ordenou a detenção da ex-presidente do Parlamento catalão, Carme Forcadell, o candidato à presidência do Governo regional, Jordi Turull, e os ex-conselheiros (ministros regionais) Raúl Romeva, Josep Rull e Dolors Bassa.