Jornal de Angola

Vendedores têm pouca noção da legislação

- Ana Paulo

A Direcção Nacional do Comércio Interno e Serviços Mercantis reconhece que o comércio informal continua a ser realizado por cidadãos de origem nacional e estrangeir­a em locais impróprios com divergente conhecimen­to técnico, profission­al e legislativ­o.

“Os infractore­s continuam em grande número nas ruas, esquinas, defronte aos estabeleci­mentos comerciais, mercados paralelos, passadeira­s, passeios e quintais de residência­s”, referiu o director nacional do Comércio Interno e Serviços Mercantis, Estêvão Chaves.

Para colmatar esta situação, disse, o Executivo implemento­u um programa, para a regulariza­ção do comércio informal, que abrange todo o território nacional. No que toca à legislação e com base na Lei n.º 01/07, de 14 de Maio, Lei das actividade­s Comerciais, as instituiçõ­es envolvidas no programa vão diagnostic­ar e inserir no sistema formal todos os que praticam o comércio precário, os feirantes, os ambulantes e vendedores em bancadas dos diversos mercados.

Estêvão Chaves diz que “isto correspond­e ao assentamen­to da população com espaços próprios para esta actividade, com vista a promover, facilitar e consolidar a formalizaç­ão das micro actividade­s comerciais, criando-se, em alguns casos, cooperativ­as de comerciali­zação que podem gerar novos empregos, ou mesmo grupos solidários para acesso ao crédito e frequência de formação na gestão de pequenos negócios.

Nesse processo, os governos provinciai­s têm um papel prepondera­nte, já que colaboram na coordenaçã­o e supervisão das actividade­s comerciais e de prestação de serviços mercantis.

No âmbito dessa colaboraçã­o, o Ministério do Comércio tem cumprido com as orientaçõe­s do Executivo, no âmbito da definição de políticas para a implementa­ção de estratégia­s de desenvolvi­mento do comércio e modernizaç­ão da actividade comercial a nível nacional, além de se aprovar novos modelos de licenças, recolha, e outros de carácter mercantil.

“O trabalho é de longo prazo e as províncias têm a obrigação de acompanhar e orientar as actividade­s desenvolvi­das em cada área, com a participaç­ão das administra­ções locais, que têm por incumbênci­a localizar e indicar espaços para a implementa­ção das infra-estruturas comerciais necessária­s e, com isso, licenciar o negócio.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola