Jornal de Angola

Mais de duas mil pessoas perderam a vida no país

- André da Costa Rui Ramos|

Em Angola, morreram no ano passado 2.569 pessoas em 9.937 acidentes de viação, que causaram ferimentos em 10.088 pessoas, revelou, em Luanda, o chefe do Departamen­to de Prevenção Rodoviária da Direcção Nacional de Viação e Trânsito.

O superinten­dente-chefe António Pinduca, que avançou a informação num seminário sobre prevenção rodoviária no Instituto Superior de Logística e Transporte­s, disse que, em comparação com o balanço de 2016, houve no ano passado menos 601 acidentes, menos 181 mortos e menos 2.014 feridos.

António Pinduca informou que a maioria das mortes ocorreu na sequência de 3.691 atropelame­ntos. Houve 1.227 vítimas mortais, mais 507 em comparação com 2016, e ficaram feridas 3.172 pessoas, mais 100 que no período homólogo.

As províncias de Luanda, Benguela, Huíla e Huambo registaram o maior número de acidentes de viação no ano passado.

Diariament­e, lembrou António Pinduca, são registados 28 acidentes, que causam uma média de sete mortos e 32 feridos. Isabel Mafuta nasceu na Damba, província do Uíge, no Bairro da Saúde, hoje conhecido como Bairro do Kinteka. Filha de Mafuta Capitão, funcionári­o do Hospital de Santa Isabel, Tia Bela, como é conhecida pelas gentes da Damba, sofreu o primeiro golpe da vida com a morte do pai.

A mãe vê-se forçada a ir trabalhar como lavadeira no hospital para sustentar sozinha os dez filhos.Isabel Mafuta, sorriso sereno, cedo frequentou as irmãs da Misericórd­ia da Damba, até ir para Luanda, aos 17 anos, como aspirante na paróquia de Nossa Senhora de Fátima (São Domingos), de onde saiu em 1985, para ir viver no Bairro da Caop, em Viana, com a mãe e os irmãos.

Em 1986 Isabel Mafuta tem a sua primeira relação amorosa, de que resultou o seu primeiro filho. Mas o seu esposo faleceu e Isabel viuse constrangi­da a travar duras batalhas para sobreviver.

Daí até agora, os filhos foram surgindo até serem seis e Isabel Mafuta sentese mãe e pai ao mesmo tempo, pois cuida dos seus rebentos sozinha.

Isabel Mafuta recebeunos no Centro de Formação de Construção Civil, na Vila Chinesa, em Viana, onde lecciona um curso de Culinária e Pastelaria.

Até chegar aqui, Tia Isabel começou a trabalhar, por indicação de Corina Jardim, directora do Infop-Instituto Nacional de Formação Profission­al , como activista cultural e de animação de deficiente­s no Centro de Reabilitaç­ão Profission­al de Viana. Corriam os anos de 1990, as situações de deficiênci­a eram extensas e graves, e chegou a ter sob sua responsabi­lidade mais de 200 pessoas.

Em 2008 abre o Centro de Formação da Construção Civil na Vila Chinesa e eis Isabel Mafuta à porta com a sua credencial de formada em culinária e pastelaria, para ser admitida como colaborado­ra pela Direcção, que criou um curso aberto à comunidade.

Isabel Mafuta meteu-se a caminho para fazer um curso de Pedagogia Formativa no Centro de Formação de Formadores e instala-se para formar pessoas da comunidade de Viana, do Cazenga, do Golfe 2, da Calemba 2 nas artes de culinária e pastelaria.

O curso tem a duração de quatro meses com uma propina de 4.500 kz mensais e oferece um diploma final aos 60 formandos saídos de cada ciclo.

Tia Bela, vemos pelo aspecto pausado e reflectido, não é esbanjador­a. Assim,

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ARIMATÉIA BAPTISTA | EDIÇÕES NOVEMBRO A maior parte dos acidentes ocorrem aos fins-de-semana

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