Jornal de Angola

População vê melhorias na distribuiç­ão de água

O centro de captação tem capacidade para bombear 80 metros cúbicos por hora. O director do hospital municipal disse que o projecto vai contribuir para reduzir doenças que podem ser causadas pelo consumo de água imprópria

- Marcelo Manuel/Golungo-Alto

A rede de distribuçã­o interna de água potável tem uma extensão de 39.000 metros, facto que criou premissas para a criação de 200 ligações domiciliar­es e 25 chafarizes, com quatro bicas cada. A estação de tratamento de água abarca um laboratóri­o, sala de manutenção eléctrica, ocupando uma área total de 1.000 metros quadrados.

A redução de casos de doenças de foro intestinal, como as diarreias e a febre tifóide são benefícios trazidos pela estação de tratamento de égua potável do Golungo Alto.

O projecto, tutelado pelo Executivo, tem a fonte de captação no curso normal do rio Nzenza, a 18 quilómetro­s da vila. A execução do programa “Água para Todos” tem uma duração prevista de 12 meses, com um orçamento de 417.727.808.88 kwanzas, e vai beneficiar 27 mil famílias.O centro de captção tem capacidade para bombear 80 metros cúbicos por hora.

O reservatór­io de água bruta leva 240 metros cúbicos, enquanto a estação de tratamento pode armazenar 100 metros cúbicos por hora.

Nazaré Agostinho, de 38 anos, residente no bairro Tunde Sanji, nos arredores da vila, conta que antes da inauguraçã­o do projecto, acarretava água para beber e cozinhar numa nascente, que dista cerca de um quilómetro de casa, vulgarment­e conhecida como “capopa”.

“Tínhamos de acordar cedo para encontrar água limpa e para satisfazer as necessidad­es de casa. Diariament­e acarretáva­mos cinco bidões de 25 litros à cabeça, o que doravante vamos esquecer, pelo facto de existir um chafariz ao lado de casa, de onde tiramos água a qualquer hora do dia”, disse, com satisfação.

O director do hospital municipal do Golungo Alto, Malenguila Kidia, disse que a abertura do projecto contribui para a redução das doenças causasdas pelo consumo de água imprópria, tendo avançado que durante o ano passado foram diagnostic­ados 920 casos de diarreia e 236 de febre tifóide.

José Maria Ferraz dos Santos, governador provincial do Cuanza-Norte, considera o projecto “especial”, por acreditar que a água é fonte da vida. O consumo de água própria pode regulariza­r a vida da população em relação à melhoria da saúde e àqualidade de vida.

O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, sublinhou, na ocasião, que a par do Golungo Alto, tem na forja projectos que visam o fornecimen­to de água potável a outros municípios, alguns dos quais com financiame­ntos já aprovados, estando apenas a aguardar a respectiva alocação.

João Baptista Borges advertiu a população para estar vigilante, para denunciar os actos de vandalismo e roubos que possam acontecer nas novas infra-estruturas.

Quanto à melhoria do abastecime­nto de água à cidade de Ndalatando, João Baptista Borges garantiu que em breve o Ministério de tutela vai tornar público o projecto no rio Lucala, com uma tubagem de 25 quilómetro­s.

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NILO MATEUS | EDIÇÕES NOVEMBRO Antes da inauguraçã­o da infra-estrutura a população era obrigada a acarretar água para beber e cozinhar numa nascente

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