Mais de 200 famílias vão para local seguro
Mais de 200 famílias que vivem em zona considerada de risco, às margens do rio Caculuvar, em casebres construídos de adobe e cobertas com chapas de zinco, no Lubango, capital da província da Huíla, estão a ser transferidas para um espaço, situado na periferia da cidade, onde, segundo a Administração Municipal local, “oferece condições de segurança” para habitabilidade.
Segundo o administrador municipal do Lubango, Francisco Barros, cada família recebeu 600 metros quadrados e dez chapas de zinco para a construção da casa na comuna de Eiva, arredores da cidade do Lubango. “As casas construídas à margem do rio Caculuvar estão a ser demolidas para evitar que as pessoas que estão a ser retiradas de lá regressem ”, disse o responsável ao Jornal de Angola .
A zona de risco está a ser assolada pelo transbordo do rio Caculuvar, o que constitui grande perigo para os habitantes dos arredores, daí a decisão de a Administração Municipal do Lubango retirar os moradores da localidade.
“Os terrenos já têm condições para a implantação de serviços básicos, concretamente estradas, passeios, água, energia e sistemas de drenagem. Para evitar que as famílias percorram longas distâncias para acarretar água foi instalado um sistema de abastecimento de água provisório”, avançou o administrador. O processo de realojamento, segundo Francisco Barros , contempla aos beneficiados apoios com bens alimentares, roupas usadas, assistência médica e medicamentosa e materiais de construção.
Transferências continuam
Francisco Barros disse, por outro lado, que mais de três mil famílias, que habitam em zonas de risco em 13 bairros da cidade “serão paulatinamente” transferidas para os espaços já definidos para as comunas do Toco, Arimba e Kilemba, onde já estão loteados cerca de 600 mil metros quadrados. “Lamentamos apenas pela falta de equipamentos para acelerar as acções de delimitação de mais espaços, para abertura de estradas, desarmamento e implantação de serviços auxiliares”, concluiu Francisco Barros.