Obras travam a ravina que ameaça os prédios
Os empreiteiros estão a colocar pedras de grande diâmetro para impedir o andamento da ravina que já alcançou mais de 900 metros de comprimento
Empresas contratadas pelo Governo Provincial da Lunda-Norte lutam para estancar uma ravina de 976 metros de comprimento, 15 de profundidade e 25 metros de largura que ameaça engolir a centralidade do Mussungue. O governador provincial, Ernesto Muangala, foi sábado verificar as obras provisórias de estancamento da ravina e disse esperar que em uma semana as empresas intervenientes possam concluir o trabalho e devolver segurança aos moradores dos prédios.
A ravina que ameaça destruir prédios da Zona 4 da centralidade do Mussungue, no Dundo, província da Lunda-Norte, começou a ser estancada com trabalhos que incidem em na colocação de pedras de grande diâmetro para abrandar a sua progressão.
A ravina que começou a progredir a partir de valas de condutas que transportam águas pluviais e residuais da centralidade, já alcançou 976 metros de comprimento e a sua cabeceira é de 25 metros de largura e 15 metros de profundidade.
O governador provincial da LundaNorte, Ernesto Muangala, visitou no sábado as obras de estancamento provisório da ravina e disse esperar, que “no período de uma semana”, as empresas intervenientes possam concluir o trabalho e devolver segurança aos moradores dos prédios que se encontram próximo.
Ernesto Muangala informou que a intervenção definitiva é da responsabilidade do Ministério da Construção e que o atraso que se verifica no estancamento desta e de outras ravinas se deve à morosidade na execução financeira do Orçamento Geral do Estado, e à realização dos concursos públicos por meio da Lei da Contratação Pública.
De acordo com o governante a realização dos concursos públicos para o estancamento destas é feita através da lei de contratação pública.
“Estes procedimentos podem levar tempo e por consequência, haver danos significativos ao segundo maior projecto habitacional do Estado”, disse.
Por isso, o governante esclareceu, ter encontrado soluções locais, com a mobilização das empresas de construção civil instaladas na região no sentido de evitar a progressão da ravina.
“Os esforços estão a ser envidados no sentido de não perdermos as nossas residências por consequência da ravina que tira o sono das nossas populações e moradores desta zona da centralidade", realçou Ernesto Muangala. O governador da LundaNorte falou, ainda da existência de 71 ravinas em progressão que também, ameaçam destruir infra-estruturas sociais e residenciais em várias localidades da província, particularmente no Dundo e nas vilas do Lucapa e Cafunfo.
Estão envolvidas nas obras de estancamento provisório da ravina iniciadas no sábado várias empresas contratadas pelo Governo da LundaNorte, como a Capilongo, a Grinner e a CGGC, que intervêm na requalificação da central hidroeléctrica do Luachimo.
Por seu turno, Mário Mendonça da empresa de construção civil, Grinner, fez saber que a ravina que ameaça engolir a centralidade tem como causa principal a falta de infraestruturas de macrodrenagem das águas pluviais na centralidade.
Martins Canzari, morador do prédio 19-1, que está a ser ameaçado pela ravina, na centralidade do Dundo, enalteceu os esforços que estão a ser envidados pelo Governo da província no sentido de travar a progressão da ravina.
Adelino Camavo, morador do mesmo edifício, falou da necessidade de se salvaguardar, não só as vidas humanas, mas também de se rever todo o projecto de infra-estruturas de micro e macrodrenagem da centralidade do Dundo, para evitar situações do género.
Os esforços estão a ser envidados no sentido de não perdermos as nossas residências por consequência da ravina que tira o sono às nossas populações e moradores desta zona da centralidade