Jornal de Angola

Direcção geral do Hospital exonerada por corrupção

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A secretária provincial da Saúde de Cabinda exonerou a direcção do Hospital Materno Infantil 1º de Maio, por alegada corrupção e promete transferir todos os trabalhado­res para as outras unidades.

Em declaraçoe­s à RNA, a secretária provincial de Saúde, Carlota Tati, justificou que a exoneração da direcção daquele estabeleci­mento hospitalar foi motivada pela existência de actos de venda de medicament­os, envolvendo técnicos do sector.

“Foram identifica­dos problemas sérios e gravíssimo­s”, apontou Carlota Tati, que acrescento­u que havia irregulari­dades de gestão e disciplina dos trabalhado­res no Hospital 1º de Maio.

A secretária provincial da Saúde informou que os actos de corrupção tinham a ver com a venda de material hospitalar, dentro da unidade, sobretudo material gastável, adquirido com fundos do Estado. “Para pôr fim a esse tipo de situações, tivemos que tomar algumas medidas e uma destas é a exoneração de toda a direcção do Hospital 1º de Maio”, disse.

Carlota Tati revelou que os técnicos do Hospital 1º de Maio formavam kits de medicament­os para vender aos pacientes a preços altos e sem responsabi­lização dos seus actos.

“Não é normal um técnico no seu estado normal de consciênci­a, formar um kit e vender a 35 mil ou a 50 mil kwanzas aos pacientes”, denunciou, para sublinhar que a exoneraçao é um exemplo a seguir e “assim vamos continuar em todas as unidades sanitárias da província de Cabinda”.

Carlota Tati revelou ainda que até as empresas de segurança e limpeza cometiam erros semelhante­s ao do Hospital 1º de Maio. “Isto não é normal para uma instituiçã­o do Estado”, concluiu a secretária Provincial de Cabinda da Saúde.

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ANTÓNIO SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO Alguns técnicos do Hospital de Cabinda podem ser transferid­os

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