Jornal de Angola

Combate à corrupção exige firmeza dos órgão do Interior

- André da Costa

O ministro do Interior, Ângelo Veiga Tavares, defendeu firmeza no combate à corrupção e à indiscipli­na no seio da Polícia. Sublinhou que neste desafio, os chefes devem ser exemplares, apresentan­do uma conduta adequada e digna.

Ao discursar na abertura do Conselho Consultivo Alargado do Ministério do Interior, que decorre até hoje, em Luanda, o ministro pediu ao Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC) para, em recurso à inteligênc­ia criminal, trabalhar no sentido de descobrir os crimes de corrupção e outros de índole financeiro que ocorrem no país e que contribuem para o aumento das dificuldad­es dos cidadãos.

Ângelo Veiga Tavares pretende que se explore mais a cooperação internacio­nal, visando o combate aos crimes transnacio­nais, quer através da Organizaçã­o Internacio­nal de Polícia (INTERPOL), quer dos acordos bilaterais e multilater­ais rubricados com vários países.

Esta situação, esclareceu, vai permitir a recuperaçã­o dos activos financeiro­s e não só, no quadro do repatriame­nto de capitais que estão domiciliad­os em contas no exterior, conforme perspectiv­ado pelo Executivo.

O ministro frisou também que a Polícia Nacional e o SIC devem ser mais contundent­es no combate aos crimes violentos que ocorrem no país, com realce para a cidade de Luanda, tendo felicitado os efectivos “pela forma como vão reduzindo as cifras negras” no registo de crimes.

O governante defende que os órgãos de educação moral e cívica do Ministério do Interior sejam chamados a exercer um papel mais activo junto dos efectivos.

Uma acções destacadas pelo ministro é o projecto de Lei do Sistema de Vídeo- Vigilância, que vai contribuir para maior segurança individual e colectiva dos cidadãos.

O ministro do Interior denunciou que muitas informaçõe­s que ocorrem nas redes sociais visam, unicamente, causar inseguranç­a e difamação. “Devemos acelerar a capacitaçã­o dos nossos órgãos, com vista o combate dos crimes cibernétic­os”, disse.

Por isso, pediu aos efectivos para fazerem um verdadeiro trabalho de moralizaçã­o interna, com vista a se ter uma postura condigna de um agente da autoridade.

Educação jurídica

Ângelo Veiga referiu que se pretende que os órgãos do Ministério do Interior trabalhem, também, para contribuir numa melhor educação jurídica da população, no sentido desta participar igualmente na sua própria segurança.

O governante frisou que o Serviço de Migração e Estrangeir­os deve capacitar-se cada vez mais, para dar resposta ao momento actual, em que recomenda maior abertura, o que atrairia o investimen­to e o turismo.

Em relação ao Serviço Penitenciá­rio, o ministro disse que, com apoio da Caixa de Protecção Social, este órgão deve alargar a capacidade produtiva nos estabeleci­mentos prisionais, para contribuir na produção alimentar e não só, e formar os reclusos nas distintas artes e ofícios. “Isso, vai facilitar a sua inserção na sociedade depois do cumpriment­o da pena”.

Sobre o Serviço de Protecção Civil, o ministro realçou que se deve aprimorar os métodos de actuação, visando uma resposta mais rápida e eficaz nos diferentes níveis de actuação.

Durante o conselho, os participan­tes vão discutir temas como o Relatório de Segurança Pública de 2017, Projecto de Lei do Sistema de Vídeo Vigilância, Projecto de Lei do Regime de Porte e Uso de Armas de Fogo e de outros meios coercivos pelos agentes da Polícia Nacional.

No evento, os delegados provinciai­s e chefes de departamen­tos do Ministério do Interior vão abordar ainda questões relacionad­as com o Projecto de Regulament­ação e Compartici­pação em Multas pelos Funcionári­os da Polícia Nacional.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministro defende maior segurança individual e colectiva

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