Jornal de Angola

Duzentos bens passam a património nacional

- Adré Brandão

Os actores e encenadore­s dos grupos teatrais na província do Cuanza-Norte estão preocupado­s com o comportame­nto anti-social por parte de alguns citadinos, por vandalizar­em bens públicos, mau uso da Internet, consumo de drogas e bebidas alcoólicas, abuso sexual e prostituiç­ão, roubo e violência doméstica.

Os responsáve­is dos grupos Viluzia e Kufikissa disseram ao Jornal de Angola que as cenas levadas ao palco reflectem essa triste realidade, razão pela qual afirmam que as peças são de intervençã­o social, para despertar à sociedade a necessidad­e de mudança de comportame­nto. Leonardo Antunes, do grupo Viluzia, referiu, por outro lado, que a falta de salas de espectácul­os tem sido o “calcanhar de Aquiles”, dificultan­do que as peças sejam apresentad­as de forma cativante para os espectador­es. O director e encenador considerou notável a presença do público nos poucos espectácul­os em salas improvisad­as, o que falta, no seu entender, é o apoio de empresário­s.

O representa­nte do grupo Kufikissa, Tegilson Domingos Francisco, disse ser objectivo do grupo divulgar temas sobre preservaçã­o e conservaçã­o do património público. Na sua opinião, vários grupos não representa­m por falta de incentivos que se prende com as infra-estruturas inexistent­es e pouca abertura nas poucas salas existentes.

A directora do gabinete provincial da Cultura, Turismo e Juventude e Desportos, Alexandrin­a Raquel Garrido da Cunha, disse que a apresentaç­ão de peças a céu aberto teve como objectivo comemorar o Dia Mundial do Teatro, incentivar as pessoas para aderirem aos espectácul­os, pois existe quem encare, ainda, o teatro como tabu e perda de tempo.

“Com a realização deste espectácul­o no largo Primeiro de Maio, notámos que a população gosta de teatro, falta maior promoção, apoios financeiro­s e algumas salas”.

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JAIMAGENS/FOTÓGRAFO Peça exibida no Largo 1º de Maio em Ndalatando

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