Trump rejeita emenda para limitar as armas
O Presidente norte-americano, Donald Trump, rejeitou na quarta-feira o pedido de um ex-juiz do Supremo Tribunal dos Estados Unidos de revogar a Segunda Emenda da Constituição do país, que garante o direito ao porte de armas.
“A Segunda Emenda nunca vai ser derrogada!”, escreveu Trump no Twitter ao rebater a proposta do ex-juiz John Paul Stevens.
“Por mais que os democratas quisessem que isso acontecesse, e apesar das palavras do ex-juiz do Supremo Tribunal Stevens, issso não vai acontecer de jeito nenhum”, acrescentou Trump.
A sugestão de Stevens foi feita num artigo de opinião no jornal “The New York Times” três dias depois da “Marcha pelas nossas vidas”, uma série de protestos nacionais, os maiores em duas décadas, para reivindicar maior controlo das armas. O movimento surgiu em resposta ao tiroteio na escola de Ensino Médio de Parkland, na Flórida, no dia de São Valentim, episódio que causou 17 mortos.
Stephens, de 97 anos, indicado para o Supremo Tribunal pelo Presidente republicano Gerald Ford em 1975, afirma que “raras vezes na minha vida vi um tipo de compromisso cívico tão forte...” como o demonstrado pelos estudantes e simpatizantes nas mobilizações em todo país.
Neste sentido, considerou que os protestos “revelam o amplo apoio público à legislação para minimizar o risco de assassinatos em massa de crianças em idade escolar e de terceiros”.
O ex-juiz John Stevens defendeu que os activistas - que pedem a proibição de armas de assalto e alteração da idade legal para a compra de armas de fogo para 21 vão além nas suas reivindicações: “Os manifestantes deveriam buscar uma reforma mais eficaz e duradoura. Deviam pedir uma revogação da Segunda Emenda”. A Segunda Emenda da Constituição é considerada sagrada pelos defensores do porte de armas.
Entre os argumentos usados contra os “lobbies” das armas, na época da adopção da emenda, não havia nenhuma arma minimamente parecida com as metralhadoras de assalto modernas.