Aeroporto da Mukanka tem o sistema avariado
Falha no aparelho de raio-x na infra-estrutura da cidade do Lubango tem criado inúmeras dificuldades no trabalho
A inoperância há mais de cinco anos do sistema de revista electrónico de bagagem de passageiros no aeroporto Internacional da Mukanka, na cidade do Lubango, província da Huíla, está a dificultar a realização do trabalho nas melhores condições.
A chefe do posto aduaneiro do aeroporto, Leopoldina Ricardo prestou esta a informação à imprensa, à margem de uma sessão de partilha de conhecimento de acções do Ministério das Finanças e organismos do Ministério do Interior que intervêm nas actividades aeroportuárias.
Leopoldina Ricardo frisou que em alguns aeroportos o sistema de controlo de bagagem é feito por meios electrónicos, com aparelhos de raio-x ou outras ferramentas disponíveis, mas no Lubango a questão é diferente.
“A revista na vertente aduaneira no Aeroporto Mukanka é feita com grandes dificuldades porque na sala o aparelho de revisão não funciona. A falta do aparelho de raio-x dificulta, essencialmente, a revista de bagagem, que é feita manualmente”, lamentou.
A responsável afirmou que apesar das dificuldades nesta vertente, não existe vulnerabilidade neste tipo de serviços porque é possível fazer a revisão manual. Disse, ainda, que se desenvolvem esforçospara que a situação seja resolvida. Outra questão esclarecida pela chefe do posto aduaneiro do aeroporto Internacional da Mukanka tem a ver com as constantes reclamações dos pertences dos passageiros.
Nesse sentido, frisou que a Administração Geral Tributaria trabalha em parceria com outros organismos e particularmente com a própria companhia que transporta os passageiros.
“Normalmente a falta desses pertences dá-se parte da companhia. O passageiro no ponto de partida despacha a bagagem e ao chegar no destino, que é o Lubango, nota falta por exemplo do “Ipod”, telemóvel ou outros objectos de uso pessoal, têm de reclamar junto da companhia, para reaver os seus pertences”, acrescentou Leopoldina Ricardo.
Construção acelerada
O novo Aeroporto Internacional da Mukanka, construída na cidade do Lubango, Huíla, foi inaugurado a 29 de Dezembro de 2009 pelo antigo primeiro-ministro, António Cassoma, actualmente secretário-geral do MPLA.
Após a sua reabilitação e ampliação passou a atender cerca 500 mil passageiros por ano, contra os 120 mil da aerogare doméstica anterior. O Aeroporto Internacional da Mukanka é porta de entrada à província da Huíla e da região sul, via aérea.
As obras para sua edificação, que tiveram duração de 18 meses, custaram ao Estado angolano cerca de 100 milhões de euros. A construção acelerada da infraestrutura foi motivada pela realização Campeonato Africano das Nações (CAN) de futebol em 2010, no país.
A pista principal, depois da sua reabilitação, passou de 2.900 metros para 3.200 metros de comprimento e 60 metros de largura, tendo sido projectado para operar o Boeing 777.
No aeroporto da Mukanka foi implementado o sistema de iluminação da pista para permitir as operações nocturnas. A placa de estacionamento foi reabilitada e ampliada para aviões com 64,8 metros, ficando com capacidade de acolher aparelhos do tipo Boeing 777 ou 747, respectivamente.