Perigo está sempre à espreita na área
,a administração distrital, em conjunto com forças locais, gizou vários programas para serem materializados em curto espaço de tempo. Alguns desses foram submetidos ao Governo Provincial de Luanda, para dar prosseguimento.
Porém, há já acções concretas e, ainda este ano, podem ser realizadas, no quadro dos programas do Governo e da Administração Municipal de Viana. O distrito receberá, nos próximos dias, a lista de execuções agendadas pelas autoridades superiores.
Entre essas preocupações, propostas pelo distrito, está a necessidade da criação de condições de habitabilidade condigna, uma vez que boa parte dos moradores do Zango vive em casas precárias.
Enquanto se espera pela materialização desse programa, Rita Miranda, Loya José Alberto, ambas com 31 anos, e mães de cinco filhos, e Catarina Francisco, com oito rebentos, vão continuar a enfrentar os perigos a que estão sujeitas, por morarem no meio da estrada, na Ilha Seca.
As senhoras e outras 123 famílias, que antes de chegarem à Ilha Seca, tinham acampado por dois dias junto ao Cemitério de Viana, temem pelas suas vidas, numa altura em que a circulação de viaturas na área é feita, cada vez mais, de forma desregrada.
“Aqui, os carros não respeitam os limites de velocidade.
Em quase todas as semanas, ou atropelam alguém ou batem nas nossas casas, principalmente à noite”, lamenta Catarina Francisco, a coordenadora do grupo de moradores da Ilha Seca. Com lágrimas nos olhos, Catarina recorda os dias mais penosos na ilha. Quando chegaram ali, em Fevereiro de 2012, transportados em camiões, sem tendas nem qualquer tipo de apoio, as famílias foram despejadas na rua e dormiam ao relento durante dois meses.
Na altura, eram 356 famílias, mas 230 tiveram a sorte de beneficiar ainda de casas, três dias depois de terem sido tiradas da zona do cemitério. Desde que o processo parou, nunca mais alguma entidade do governo quis saber dos que ali ficaram.