Preservação do património nas prioridades do Governo
Carolina Cerqueira reafirma aposta na mesa redonda de ministros da Cultura da região austral de África
A ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, reafirmou nesta quinta-feira, em Joanesburgo, a vontade política do governo angolano de colocar no quadro das prioridades a preservação, conservação, restauração, gestão e promoção do património cultural.
Falando no debate geral da mesa redonda ministerial da SADC, Carolina Cerqueira considerou que o património é um factor de paz, desenvolvimento do turismo, fonte de receitas e de geração de emprego para os jovens e comunidades locais.
A ministra enalteceu o empenho do Presidente da República, João Lourenço, na preservação, conservação e restauração do património nacional e por ter constituído uma comissão interministerial para a salvaguarda do património cultural nacional, coordenada pelo Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, e que integra diversos ministérios e instituições, assim como uma outra comissão para a reparação e valorização do património cultural de Luanda, que irá agregar valor à Cultura Nacional e criar espaços condignos para a expansão da actividade artística. Para Carolina Cerqueira, o património evidencia-se cada vez mais como factor de coesão social, de resgate da memória histórica, dos usos, hábitos e costumes dos povos.
Sublinhou que Angola desenvolve um dinâmico programa de educação cultural, que passa pela valorização das figuras históricas, educação sobre o valor do património e divulgação junto das populações, nas escolas e universidades sobre o simbolismo da batalha do Cuito Cuanavale na história da libertação da África Austral.
A governante adiantou como acções previstas a troca de dados e conhecimentos com países da região sobre a história de libertação da região austral e propôs que se incrementem medidas punitivas contra as práticas que facilitam o tráfico de obras de arte, fauna e deterioração do património.
Durante a sua intervenção, reforçou o compromisso de Angola em contribuir para o reforço do Centro Regional para o Património da Libertação, que irá funcionar em Dar-Es-Salam.