Angola e RDC reabrem mercado na fronteira
Zonas de comércio foram encerradas no ano passado devido aos conflitos registados nas províncias fronteiriças da RDC
arrecadava cerca de 30 milhões de Kwanzas por mês, valores que podem aumentar em função do aumento dos dias das trocas comerciais.
O governador da LundaNorte, Ernesto Muangala, disse que a reabertura dos mercados fronteiriços satisfaz os dois povos, que têm a oportunidade para a criação de empregos directos e indirectos, de modo a contribuírem para o combate à fome e a pobreza nas províncias fronteiriças.
Os empresários de Angola e da RDC, salientou, devem aproveitar esta oportunidade para potenciar os seus negócios e contribuírem para o desenvolvimento das províncias, criando mais postos de trabalho e diminuindo o elevado índice de desemprego que assola a juventude. fundamentais para as boas relações.
Marc Manyanga Ndambu reafirmou o ambiente de paz na região sob sua jurisdição, garantindo que há livre circulação de pessoas e bens nas províncias da RDC vizinhas com a Lunda-Norte. Por este facto, sublinhou que a reabertura dos mercados fronteiriços é um bom passo para a estabilidade económica e social dos povos das províncias fronteiriças com a Lunda-Norte.
Cerca de 31 mil refugiados da RDC estão instalados em vários centros na província da Lunda Norte. Em Fevereiro, as autoridades da RDC garantiram que estavam a trabalhar na criação de condições para o seu regresso definitivo.
De visita à Lunda-Norte, o governador do Kassai Central, Denis Kambayi, assegurou que os refugiados podem regressar ao país de origem, tendo em conta que “já se vive um clima de paz e estabilidade na região”.
Um mês antes, em Janeiro, os Governos de Angola e da República Democrática do Congo (RDC) acordaram iniciar, em Março, o processo de repatriamento dos cerca de 31 mil refugiados da RDC que se encontram no centro de realojamento no município do Lóvua, na província da Lunda-Norte.
A decisão foi tomada durante o encontro bilateral, de dois dias, realizado entre os governos das províncias congolesas do Kassai Central, Kassai, Lualaba e Cuango e da Lunda-Norte, pela parte angolana.
Mas o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) disse posteriormente que ainda não existiam condições humanitárias e de segurança para o início do processo de repatriamento voluntário dos refugiados congoleses que estão na Lunda-Norte.
Com a reabertura dos mercados fronteiriços, pretende-se um comércio mais intenso ao longo da fronteira