O valor cobrado é insuficiente para reabilitar e manter as vias
O dinheiro da taxa é irrisório para cobrir as despesas que as estradas impõem. Por isso, é impossível esperar que se construam estradas e se faça manutenção com o valor da taxa
problemas de saneamento básico. Vários estabelecimentos comerciais fecharam as portas, por causa dos esgotos rebentados. Ninguém suporta o mau cheiro.
Algumas ruas da Urbanização Nova Vida também estão com buracos que, por vezes, ficam encharcados. Logo à entrada na Rua 58, por sinal a principal, notamse os vários buracos na via, que dificultam a condução.
Valor até agora arrecadado
Segundo dados preliminares, o valor arrecadado com o pagamento da Taxa de Circulação desde 1 de Janeiro até 27 de Março, a nível do país, rondava 1,7 mil milhões de kwanzas e quase 1,4 mil milhões correspondem à arrecadação da província de Luanda.
Dados até aqui registados mostram que desde 2004 há um acentuado absentismo no pagamento da taxa, que corresponde a 60 ou 70 por cento. Edson Martins disse que não se consegue aferir, efectivamente, quantos automobilistas não pagam, mas existe uma base do número de selos emitidos e os não vendidos que permitem definir esse percentual.
Todos os anos, quando se define a campanha, faz-se uma projecção do valor que se vai arrecadar em função dos selos, quantidade e as respectivas categorias. Para a taxa de 2017 a AGT está com uma projecção de 5,5 mil milhões de kwanzas, com a produção de cerca de 9.662 mil selos.
Na campanha de 2016 foram produzidos cerca de 801 mil selos e a projecção foi de 4,3 mil milhões de kwanzas. Mas a arrecadação efectiva foi de 1,8 mil milhões de kwanzas. Edson Martins notou que Luanda é sempre a que mais arrecada com a venda de selos da Taxa de Circulação. As províncias estão subdivididas em regiões tributárias e Luanda faz parte da Terceira Região Tributária, juntamente com o Bengo.