Jornal de Angola

PERISCÓPIO Casa dos Frescos

- Luciano Rocha

Luanda está inundada de cantinas, minis e supermerca­dos, em princípio locais “legalmente abertos”, mas que não deixam de ser focos de imundice, centros de atentados à saúde pública, talvez escudados na “lei da impunidade”.

A verdade é que, a coberto da incúria dos serviços responsáve­is pelo funcioname­nto do sector, mas também, certamente, do espírito reinante do “quero, posso e mando” e do compadrio, mantêm as portas abertas.

A Casa dos Frescos, na Baixa da capital, é exemplo descarado do atentado à saúde pública. Pastéis com vários recheios salgados, queijos, fiambres, salpicões, tudo que é fatiado, refeições prontas a comer - salvo seja... - carnes cruas, pão, convivem descaradam­ente com as moscas nos balcões de atendiment­o. E se alguém faz o devido reparo, o melhor que obtém é quem atende fazer da mão abano e com gesto repetitivo tentar afastar os insectos. Que, obviamente, logo de imediato voltam ao “repasto”. Certamente fartos, também, eles, dos restos nos contentore­s de lixo da rua.

Este é exemplo de estabeleci­mento comercial sem condições mínimas de funcioname­nto. Por ser, repita-se, um atentado à saúde publica a Luanda já tem demasiados focos de doenças. Mas parece que a Baixa da capital do país, atrai tudo o que é mau. Até quando?

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