Criminosos anónimos
O texto - “A Rede de insociáveis” - publicado, no domingo, na segunda página deste jornal, merece ser lido, relido, discutido em família, locais de trabalho, escolas, em rodas de amigos.
O texto de Caetano Júnior, dos mais brilhantes e acutilantes publicados nos últimos anos no “Jornal de Angola”, é o grito de indignação do jornalista, do chefe de família, do homem. Igualmente das vítimas dos criminosos cobardes escondidos debaixo da capa imunda do anonimato. No fundo, todas as pessoas de bem. O jornalista serviuse do caso de uma das vítimas daqueles cobardolas nojentos para pôr o dedo na chaga pestilenta em que alguns, cada vez em maior número, transformaram as novas tecnologias de comunicação. Criadas com propósitos diferentes, como os de facilitar o dia-a-dia do cidadão comum, encurtar distâncias, aperfeiçoar conhecimentos, educar. Até divertir. Jamais para servir criminosos, muito menos permitir-lhes o anonimato.
A solução para esta bandalheira em que transformaram as redes sociais tem de ser encontrada.
Até lá, estamos sujeitos à imbecilidade de criminosos escondidos. Com menos coragem do que “salteadores vulgares”. Estes sabem que correm riscos de ser surpreendidos, sovados, condenados. Para já, resta-nos a prevenção nas famílias, escolas, locais de trabalho. Caetano Júnior cumpriu a obrigação de jornalista. Que outros o façam. Como pais, professores, amigos.