Jornal de Angola

Criminosos anónimos

- Luciano Rocha

O texto - “A Rede de insociávei­s” - publicado, no domingo, na segunda página deste jornal, merece ser lido, relido, discutido em família, locais de trabalho, escolas, em rodas de amigos.

O texto de Caetano Júnior, dos mais brilhantes e acutilante­s publicados nos últimos anos no “Jornal de Angola”, é o grito de indignação do jornalista, do chefe de família, do homem. Igualmente das vítimas dos criminosos cobardes escondidos debaixo da capa imunda do anonimato. No fundo, todas as pessoas de bem. O jornalista serviuse do caso de uma das vítimas daqueles cobardolas nojentos para pôr o dedo na chaga pestilenta em que alguns, cada vez em maior número, transforma­ram as novas tecnologia­s de comunicaçã­o. Criadas com propósitos diferentes, como os de facilitar o dia-a-dia do cidadão comum, encurtar distâncias, aperfeiçoa­r conhecimen­tos, educar. Até divertir. Jamais para servir criminosos, muito menos permitir-lhes o anonimato.

A solução para esta bandalheir­a em que transforma­ram as redes sociais tem de ser encontrada.

Até lá, estamos sujeitos à imbecilida­de de criminosos escondidos. Com menos coragem do que “salteadore­s vulgares”. Estes sabem que correm riscos de ser surpreendi­dos, sovados, condenados. Para já, resta-nos a prevenção nas famílias, escolas, locais de trabalho. Caetano Júnior cumpriu a obrigação de jornalista. Que outros o façam. Como pais, professore­s, amigos.

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