Novo bloco operatório efectua 30 cesarianas
Pelo menos 30 cirurgias (cesariana) são realizadas diariamente na Maternidade Lucrécia Paím, em Luanda, desde a reabertura do bloco operatório daquela instituição hospitalar, no dia 24 de Março, informou ontem o secretário de Estado da Saúde para a Área Hospitalar.
Altino Matias, que falava no final da visita de avaliação e constatação sobre o funcionamento do bloco operatório da Maternidade Lucrécia Paím, avançou que já é possível falar em atendimento humanizado, sobretudo para as parturientes internadas na área de cirurgia.
O secretário de Estado para a Área Hospitalar salientou que o funcionamento do bloco operatório representa um ganho, não só para o pessoal técnico, mas, também, para as parturientes.
Altino Matias disse que o Ministério da Saúde está a trabalhar para o ingresso de mais quadros no sector, por forma a melhorar as condições de assistência médica e medicamentosa.
O principal bloco operatório da Maternidade Lucrécia Paim, em Luanda, inactivo durante 15 anos, devido à degradação das suas estruturas, ganhou o nome de “Maria do Rosário Rita”, em homenagem a uma especialista em ginecologia e obstetrícia que trabalhou naquela unidade de 1942 a 2002.
Neste momento, a Maternidade Lucrécia Paim precisa de 100 médicos, 50 anestesistas e 98 instrumentistas e enfermeiros para melhorar as condições de atendimento.
O secretário de Estado para a Área Hospitalar disse que devido à falta de condições nas unidades de saúde nas zonas periféricas, a Maternidade Lucrécia Paim realiza em media 100 partos por dia.
A directora da Maternidade Lucrécia Paim, Adelaide de Carvalho, disse que entre segunda e terça-feira, a unidade realizou 83 partos, dos quais 30 foram por cesariana.
Adelaide de Carvalho, salientou que sendo a Maternidade Lucrécia Paim uma unidade de referência, os casos que não são resolvidos nas unidades periféricas, são transferidos para aquela instituição.
A Maternidade Lucrécia Paim funciona em regime de urgência, durante 24 horas e ambulatório, salientando haver pouca capacidade de resposta à demandada, o que leva a não prestar um atendimento desejável, disse a directora.