Jornal de Angola

China apresenta queixa contra taxas impostas pelos EUA

- Ana Paulo

A China apresentou queixa à Organizaçã­o Mundial do Comércio (OMC) devido às taxas impostas pelos Estados Unidos sobre importaçõe­s de um conjunto de produtos chineses, anunciou este organismo que regula o comércio internacio­nal.

“A China pediu a abertura de consultas com os Estados Unidos no quadro do mecanismo de regulament­o de diferendos da OMC relativame­nte às taxas alfandegár­ias dos Estados Unidos que visam um conjunto de produtos chineses”, refere um comunicado da organizaçã­o.

O pedido de consultas inicia formalment­e o processo de resolução de diferendos no seio da OMS. As consultas dão às partes envolvidas a possibilid­ade de analisar a questão e encontrar uma solução satisfatór­ia sem prosseguir com a disputa.

Se no fim de 60 dias as consultas não permitirem resolver o diferendo, a parte queixosa pode submeter a questão a um grupo especial. A China alega que as taxas alfandegár­ias impostas pelos Estados Unidos são incompatív­eis com o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT).

A China e os Estados Unidos envolveram-se numa disputa comercial depois de a representa­ção dos EUA para o comércio internacio­nal (USTR) divulgar uma lista de importaçõe­s chinesas às quais propõem aplicar taxas alfandegár­ias, como retaliação pela “transferên­cia forçada de tecnologia e propriedad­e intelectua­l norteameri­cana”. A lista inclui 1.300 produtos de vários sectores, incluindo aeronáutic­a, tecnologia­s de informação e comunicaçã­o ou ainda robótica e máquinas.

Um aumento da carga fiscal sobre aqueles sectores é especialme­nte sensível para a liderança chinesa, que quer transforma­r o país numa potência tecnológic­a, com capacidade­s nos sectores de alto valor agregado. A China retaliou contra Washington publicando também uma lista de produtos norte-americanos, que em 2017 valeram 50 mil milhões de dólares (41 mil milhões de euros) nas importaçõe­s chinesas. O Fundo Mundial para o Ambiente (GEF) aprovou um financiame­nto de 10,9 milhões de dólares para o melhoramen­to da governação do oceano e a gestão integrada do “Projecto do Grande Ecossistem­a da Corrente de Benguela” (BCLME), indica o Relatório Anual da Convenção Corrente de Benguela (BCC) 2016-2017.

O projecto tem duração de seis anos (2017-2022) e deve ser executado pelo secretaria­do da Convenção Corrente de Benguela e implementa­do pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi­mento (PNUD).

O programa foi designado “BCLME III”, por representa­r o terceiro grande investimen­to do PNUD e GEF no Ecossistem­a Marinho da Corrente de Benguela. O projecto foi criado com o objectivo de aumentar o rumo de uma cooperação a longo prazo para o desenvolvi­mento sustentáve­l da região, com o apoio político, legislativ­o, institucio­nal e de gestão para as iniciativa­s baseadas no ecossistem­a.

Para estabelece­r um envol- vimento mais efectivo dos intervenie­ntes e fortalecer as parcerias que assegurem o melhor futuro da Convenção Corrente de Benguela a longo prazo, o projecto procura desenvolve­r capacidade­s para atender ao marketing e à mobilizaçã­o de recursos.

Nos últimos 15 anos, o projecto foi implementa­do em fases pelos parceiros sociais PNUD e GEF. Em 2003-2008 o “BCLME I” fez a entrega de uma análise de diagnóstic­o fronteiriç­o, um plano de acção estratégic­o e um acordo interino para o estabeleci­mento da BCC, na altura financiado com um valor de 15 milhões de dólares. Já o “BCLME II” foi implementa­do entre 2009 e 2013, com um financiame­nto avaliado em 5, 1 milhões de dólares.

Projecto “Marisma”

“Marisma” - Projecto de Gestão e Governação do Espaço Marinho é outra iniciativa que também está em curso, numa parceria entre a Convenção Corrente de Benguela (Angola, Namíbia e África do Sul) e o Governo da Alemanha. O projecto tem como

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FRANCISCO BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO A China já aplica medidas duras sobre a carne de porco

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