Jornal de Angola

Casos de sarampo tendem a aumentar

- João Constantin­o

Pelo menos cinco casos de sarampo foram registados no Hospital Geral do Bié, durante os primeiros quatro meses de 2018, informou a chefe da Pediatria do Hospital Geral.

Antónia Dilé disse que até Fevereiro registou-se, pelo menos, um caso por mês.

“Estamos no início do mês de Abril e temos já três casos de sarampo. É preocupant­e, pois nos meses anteriores, Janeiro e Fevereiro, registámos apenas um caso por mês. Agora, ainda no início do mês, já temos três casos”, lamentou Antónia Dilé. Segundo a chefe da pediatria da unidade de saúde de referência do Bié, dos casos registados nenhum resultou em morte.

O JornaldeAn­gola constatou no Hospital Geral do Bié a falta de enfermaria­s e camas para o internamen­to de doentes com sarampo, visto que a sala improvisad­a tem apenas duas camas, cada uma com dois pacientes.

Joana Chissote, mãe de 24 anos, com o filho internado, lamentou a falta de condições no local. “Há muitos mosquitos, a sala não tem energia eléctrica e faz muito calor. A falta de reagentes fez com que fizéssemos as análises numa clínica privada. Temos de comprar os medicament­os fora do hospital”, lamentou.

A partir de hoje, até ao próximo dia 22, as autoridade­s sanitárias prevêem vacinar, dentro da campanha nacional de vacinação integrada contra a poliomieli­te, sarampo e rubéola, mais de 2.899 mil crianças, menores de cinco anos, contra a pólio.

“Vamos vacinar ainda contra o sarampo e a rubéola 764 mil criadas, de nove meses aos 15 anos. Temos todas as condições criadas na província, com uma logística na ordem de 342 mil doses da pólio e 840.500 doses de vacina do sarampo e rubéola”, afirmou Isaías Cambissa, chefe de departamen­to de Saúde Pública.

Antónia Dilé disse que é pela primeira vez na província e no país em que as crianças serão vacinadas contra a rubéola, uma doença que se confunde com o sarampo. Segundo Isaías Cambissa, o país está há mais de seis anos sem registar casos de poliomieli­te, devido ao compromiss­o do Executivo em erradicar a doença.

O vice-governador para a Área Política e Social, Carlos da Silva, afirmou que a vacinação constitui uma prioridade do Governo.

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