Presidência desmente acusações de corrupção
Um porta-voz do Presidente da Namíbia, Hage Geingob, desmentiu acusações feitas por uma investigação francesa que o envolve num caso de corrupção.
As investigações destinadas a apurar a sua participação no negócio feito pela empresa francesa Areva e uma companhia mineira canadiana que opera na Namíbia, referem-se a um período em que o actual Presidente era ministro do Comércio e Indústria.
De acordo com as acusações, o grupo Areva pagou 2.2 mil milhões de dólares para comprar as minas de urânio que a empresa canadiana Uramin tem na Namíbia, África do Sul e República Centro Africana.
Acontece que esse investimento se revelou um fracasso e os investigadores da Justiça francesa lançaram uma operação para apurar os contornos do acordo.
Uma fonte das investigações, citada pela Agência de notícias France Press, disse que o objectivo é apurar as razões pelas quais, entre 2008 e 2009, quando era ministro do Comércio e Indústria, a Avena procedeu a transferências mensais de dez mil dólares para a conta pessoal de Hage Geingob.
Os advogados do actual Presidente minimizam as suspeitas implícitas nas acusações e explicaram que o Presidente da República não faz parte das investigações que estão a ser conduzidas pela Justiça francesa.
De acordo com os advogados do Presidente namibiano, essas transferências foram feitas para pagar os serviços de assessoria que Hage Geingob antes de ser ministro do Comércio e Indústria prestava à Avena e que teriam sido pagos com algum atraso.
De sublinhar que Hage Geingob foi eleito Presidente da Namíbia em Março de 2015, tendo em Fevereiro deste ano assinado um despacho a proibir os seus ministros de viajar para o estrangeiro como forma de poupar divisas. Entre 2008 e 2012 foi ministro do Comércio e Indústria.