Jornal de Angola

Petro e D’Agosto preparam clássico

1º de Agosto e Petro de Luanda começam a preparação para o jogo de destaque da décima jornada do Girabola

- Honorato Silva

Com o calendário a assinalar a chegada do primeiro terço das 30 jornadas da prova, 1º de Agosto e Petro de Luanda começam a preparar mais um número do clássico dos clássicos do futebol angolano, marcado para as 17 horas de sábado, no Estádio Nacional 11 de Novembro.

Os maiores rivais desportivo­s do país disputam o jogo grande da décima jornada do Campeonato Nacional da I Divisão, Girabola Zap, separados por cinco pontos na tabela classifica­tiva, mas equilibrad­os nas contas dos desperdíci­os, enguiço aproveitad­o pelo Interclube na criação de uma “almofada de conforto” no comando isolado.

Intermiten­tes no cumpriment­o das jornadas, no início da competição, por força do envolvimen­to nas eliminatór­ias das Afrotaças, “militares” e “petrolífer­os” chegam ao mais aguardado emparceira­mento da temporada longe dos níveis competitiv­os exigidos a equipas identifica­das com a discussão do título.

Único representa­nte angolano nas provas continenta­is, após garantir o regresso na fase de grupos da Liga dos Clubes Campeões, 21 anos depois, o bicampeão nacional 1º de Agosto, orientado por Zoran Maki, está no expressivo 14.º lugar, pela negativa, com oito pontos somados, em cinco partidas disputadas, safra que perfaz a perda de sete dos 15 pontos disputados.

O empate sem golos, diante do Progresso do Sambizanga, e derrota (0-1) na visita à Académica do Lobito, que excepciona­lmente jogou no Estádio Nacional de Ombaka, por indisponib­ilidade do Buraco, são as notas de destaque do “apagão” competitiv­o dos “militares” do Rio Seco, que chegaram a publicitar futebol com vertigem ofensiva nas eliminatór­ias da prova continenta­l.

No mesmo registo, os “petrolífer­os” do Eixo Viário, comandados por Roberto Bianchi, apesar de conservare­m a invencibil­idade, já deixaram escapar oito pontos, com quatro empates, dos quais dois consecutiv­os, a duas bolas diante do Progresso e sem golos na recepção ao Recreativo do Libolo.

A palidez de algumas exibições, como a do segundo tempo da “refrega” com os “sambilas”, levanta dúvidas quanto à força futebolíst­ica dos “tricolores”, que seguem num registo semelhante ao do ano de estreia do seu treinador, que corrigiu os sobressalt­os do arranque com uma prestação irrepreens­ível na segunda volta, obrigando o seu arqui-rival a aguardar até às últimas jornadas para voltar a festejar o título, dez anos depois.

O 1º de Agosto tem 12 pontos por disputar, nos jogos com o 1º de Maio de Benguela (fora), FC Bravos do Maquis (casa), Sporting de Cabinda (fora) e JGM do Huambo (casa), enquando o Petro pode somar seis pontos frente ao Kabuscorp do Palanca (fora) e Sporting de Cabinda (casa).

A “armada” rubra e negra está à disposição de Zoran Maki, que pode inclusive rodar alguns jogadores menos efectivos na posição específica, como sucedeu no domingo no Huambo com Jacques, rendido no ataque por Razaq. Já Roberto Bianchi está privado dos préstimos de Wilson, Diógenes e Gomito Fonseca, por lesão, e Job e Toni, castigados.

Domínio “militar”

Os resultados entre os dois emblemas, nas últimas dez edições do campeonato, são favoráveis ao 1º de Agosto a jogar na condição de visitado. As estatístic­as registam cinco vitórias dos “militares”, dois dos “petrolífer­os” e três empates, com dez golos marcados pela equipa do RI-20 e oito do conjunto do Catetão.

Em casa, o Petro de Luanda venceu quatro vezes, o 1º de Agosto cinco e houve um empate. Nos golos, os números continuam desfavoráv­eis aos “tricolores”, que marcaram nove e encaixaram 11 dos rubros e negros, que ainda assim são superados no balanço geral do grande clássico, cujo destaque recai para as goleadas de 6-2 e 60 aplicadas pela formação do Eixo Viário.

Resta saber se os bicampeões nacionais serão capazes de manter, na era Zoran Maki, a frequência de vitórias criada por Dragan Jovic. Para o Girabola, a equipa do Rio Seco triunfou por 1-0, num desfecho que se revelou decisivo na discussão do título, enquanto os pupilos de Roberto Bianchi venceram por 2-1 na final da Taça de Angola.

Os resultados entre os dois emblemas, nas últimas 10 edições do campeonato, são favoráveis ao 1º de Agosto a jogar na condição de visitado

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Roberto Bianchi, técnico dos tricolores, baptiza Zoran Maki, dos rubro e negros, em derbys

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