Tribunal bloqueia contas de JeanClaude de Morais
O Supremo Tribunal das Maurícias bloqueou 25 contas bancárias suíças, com cerca de cinco mil milhões de rúpias (moeda local) pertencentes ao empresário suíço Jean-Claude Bastos de Morais na ilha.
De acordo com "Notícias ao vivo", que cita um artigo de Vel Moonien, o dinheiro congelado foi desviado do Fundo Soberano de Angola (FDSA), na gestão de José Filomeno dos Santos, demitido do cargo pelo Presidente da República, João Lourenço.
Duas das contas estavam em dois grandes bancos comerciais daquele país e as outras 23 numa instituição bancária africana.
O pedido para congelar as contas foi feito pela Unidade de Inteligência Financeira (FIU). Acredita-se que o empresário, que também é cidadão angolano, tenha investido dinheiro do Fundo Soberano de Angola através da sua empresa Quantum Global.
As provas apresentadas perante o juiz Paul Chan Kan Cheong às autoridades maurícias indicam como JeanClaude Bastos de Morais fez um pedido de licença de investimento à Comissão de Serviços Financeiros (FSC) em 2014, especialmente para Hotel Africa (GP) Limited, QG África Hotel LP, África Infraestrutura (GP) Limited, QG Africano Infraestrutura LP.
Na época, a FSC, então presidida por Marc Hein, havia sido informado de que Jean-Claude Bastos de Morais havia sido condenado por um tribunal suíço, em Zug, por má administração.
Outros pedidos foram feitos pela Suíça através JurisTax, empresa para a qual Marc Hein pertencia, para a HQ África Agricultura LP, HQ África Saúde HQ África Mezzanine LP, LP e HQ Africa Mining QG Africa Timer LP. Eles obtiveram licenças em 12 de Fevereiro de 2015.
Não foi só a FSC que, desde Novembro de 2017, passou a acompanhar de perto JeanClaude Bastos de Morais, cujo nome foi mencionado nos "Paradyse Papers", mas também a Procuradoria-Geral da República das Maurícias.