Acordo de Conacri vai ser renegociado
Uma missão de alto nível da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) é esperada hoje na Guiné Bissau para analisar a renegociação do Acordo de Conacri.
A CEDEAO já anunciou que a missão é liderada pelo chefe da diplomacia do Togo, Robert Dussey, e que durante a sua estada em Bissau vai reunir-se com as “autoridades e políticos no quadro da implementação do Acordo de Conacri”. A Guiné Bissau vive uma crise política desde a demissão, por José Mário Vaz, do Governo liderado pelo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), em Agosto de 2015.
Por falta de consenso entre as várias forças políticas, a CEDEAO elaborou o Acordo de Conacri, assinado pelos partidos com representação parlamentar e os deputados expulsos do PAIGC, denominados por Grupo dos 15.
Segundo uma parte dos signatários, no âmbito do acordo foi escolhido um determinado nome para primeiro-ministro, mas o Chefe de Estado nomeou outra pessoa. A CEDEAO entende que o acordo continua sem ser posto em prática e em Fevereiro anunciou uma lista de sanções contra 19 individualidades guineenses, entre as quais se encontram vários membros do sector político e judicial.
Desde as eleições de 2015, a Guiné Bissau já teve seis primeiros-ministros. O último nomeado pelo Presidente foi Artur Silva, um dirigente do PAIGC que tomou posse a 31 de Janeiro, mas até ao momento ainda não apresentou a composição do seu Governo.