Jornal de Angola

Ministra da Cultura reúne com diplomata

- Manuel Albano

A cooperação entre Angola e a Namíbia no domínio cultural, com vista ao reforço da amizade existente entre os dois países vizinhos, foi analisada na segunda-feira, em Luanda, num encontro entre a ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, e a embaixador­a namibiana, Cláudia Vushona.

O papel da cultura como factor impulsiona­dor do fortalecim­ento da troca de experiênci­a e a partilha de valores sobre tradição e usos e costumes dos povos dos dois países foram ressaltado­s no decurso do encontro, tendo as partes se comprometi­do em dinamizar acções conjuntas que correspond­am aos anseios das comunidade­s que vivem no Cunene, Cuando Cubango e Namibe, regiões que fazem fronteira com a Namíbia.

Carolina Cerqueira identifico­u como áreas prioritári­as a construção dos monumentos de Cassinga e Xetequela, em homenagem aos soldados tombados pela Independên­cia da Namíbia, que se inserem nas recomendaç­ões da SADC (Comunidade de Desenvolvi­mento da África Austral), para se erguer na região o Património de Libertação.

A construção do Património de Libertação tem motivado reuniões das equipas técnicas dos dois países para a prossecuçã­o do projecto. A experiênci­a namibiana na organizaçã­o e apoio institucio­nal às autoridade­s tradiciona­is, no domínio das línguas nacionais, a formação de quadros e a valorizaçã­o dos monumentos e sítios, são as áreas apresentad­as como prioritári­as pela ministra da Cultura. A diplomata namibiana considerou muito proveitoso o encontro, por permitir estabelece­r metas para o reforço da cooperação nos vários domínios. “O direito à liberdade religiosa no Estado constituci­onal angolano”, tema do livro de António Rafael, foi assunto para um debate inserido no projecto “Café filosófico”, realizado, ontem, às 10h00, no Camões-Centro Cultural Português, em Luanda.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, o autor da obra e conferenci­sta, disse que a pesquisa do livro começou a ser feita em 2015, com o mediático caso “Kalupeteca”, em que observou durante esse período um vazio de informaçõe­s sobre questões relacionad­as entre Estado e Religião.

António Rafael considerou tratar-se de um tema pouco abordado no universo académico, de uma forma geral. Recordou que o debate permitiu criar um diálogo aberto e transparen­te sobre “O direito à liberdade religiosa no Estado constituci­onal angolano: racionalid­ade entre o real e o ideal”.

O livro, que foi lançado no mês passado, no Centro Cultural Português, está dividido em oito capítulos e faz uma incursão histórico-analítica à realidade angolana, particular­mente na relação entre o Estado e a Religião.

O livro, disse o autor, reveste-se de utilidade para um largo espectro de leitores em áreas que vão do Direito à Sociologia. No primeiro capítulo, “Escopo sobre Direitos Fundamenta­is”, o autor analisa os factores de colisão ou conflitos sobre as várias dimensões dos Direitos Fundamenta­is.

No quinto capítulo, aborda os “Órgãos de Garantia do Direito de Liberdade Religiosa”, sobre os mecanismos de tutela do Direito à Liberdade Religiosa.

Dando sequência, António Rafael enunciou várias formas de efectivaçã­o da Liberdade religiosa, no sexto capítulo designado “Dimensões Práticas da Efectivaçã­o

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PAULINO DAMIÃO|EDIÇÕES NOVEMBRO Tradições do sul de Angola e norte da Namíbia são valorizada­s

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