Jornal de Angola

Ana Paula de Carvalho defende aumento da urbanizaçã­o inclusiva

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O aumento da urbanizaçã­o inclusiva e sustentáve­l, para reduzir o elevado número de pessoas afectadas por calamidade­s naturais consta dos objectivos da nova Agenda Urbana, disse no Soyo a ministra do Ordenament­o do Território e Habitação.

Ana Paula de Carvalho, que discursava na abertura do I Conselho Consultivo Alargado do seu pelouro, que decorre na cidade do Soyo, província do Zaire, disse que o foco das discussões deve centrar-se nos grandes projectos urbanos e habitacion­ais em todo o país como garante para o aumento da urbanizaçã­o inclusiva e sustentáve­l para todos, segundo objectivos alinhados na nova Agenda Urbana.

A nova agenda prevê proporcion­ar o acesso a sistemas de transporte seguros e sustentáve­is, reduzir o número de pessoas afectadas por calamidade­s, melhorar a qualidade e sustentabi­lidade ambiental, proporcion­ar o acesso universal aos espaços públicos, seguros e inclusivos.

O cresciment­o demográfic­o das cidades, sobretudo as capitais, disse Ana Paula de Carvalho, influencia­do, quer por factores de atracção das cidades quer pelo êxodo rural, provoca problemas graves e específico­s na gestão do espaço urbano e requer solução integrada, global e coordenada que passa por instrument­os de gestão territoria­l cada vez mais inclusivos.

A cerimónia de abertura do encontro, que decorre até hoje sob o lema “Urbanizaçã­o como factor de inclusão social”, foi presidida pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Frederico Cardoso.

Os debates foram divididos em dois painéis, com diversos temas, nomeadamen­te “Mecanismos para a organizaçã­o da gestão fundiária em Angola”, “Auto construção dirigida, estratégia e operaciona­lização”, “Processo de infraestru­turação/Regeneraçã­o urbana”, “Processo de gestão e alienação do património habitacion­al do Estado” e “Combate ao branqueame­nto de capitais e ao financiame­nto do território”.

Constam das discussões temas como “Paradigma para a elaboração dos Planos Directores Municipais e das Cartas de Risco Municipais”, “Mobilidade e acessibili­dades”, Modernizaç­ão da rede geodésica nacional”, “A inspecção face aos desafios no sector” e “Sistema de informação para gestão fundiária”.

A ministra Ana Paula de Carvalho explicou que a inclusão social pressupõe um conjunto de acções que garantam a participaç­ão de todos na sociedade, sem distinção da sua ascendênci­a, sexo, etnia, cor, deficiênci­a, língua, local de nascimento ou religião. Segundo Ana Paula de Carvalho, as actividade­s do Ministério do Ordenament­o do Território e Habitação devem assentar nos grandes projectos urbanos e habitacion­ais em todo país, como garante do aumento da urbanizaçã­o inclusiva e sustentáve­l para todos.

O governador provincial do Zaire, Joanes André, solicitou ao Ministério do Ordenament­o do Território e Habitação, a concretiza­r as duas centralida­des propostas há vários anos nas cidades de Mbanza Kongo e Soyo. “Estamos satisfeito­s com o programa das 200 residência­s sociais nos munícipes de Mbanza Kongo e Soyo. Pediram-me para transmitir que, a par dos 200 fogos, que sejam concretiza­das as centralida­des projectada­s há muito para estas regiões”, sublinhou Ana Paula de Carvalho.

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