Oposição no Reino Unido e França critica ataques
Os principais partidos da oposição no Reino Unido e em França criticaram os ataques que os Governos de Washington, Londres e Paris lançaram a madrugada de sábado contra alvos na Síria.
“O Reino Unido devia ter um papel de liderança na procura de um cessar-fogo no conflito e não receber instruções de Washington e pôr soldados britânicos em risco”, afirmou o líder do Partido Trabalhista britânico Jeremy Corbyn.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, decidiu e ordenou os ataques sem consultar o Parlamento, violando um entendimento político que vigora no Reino Unido desde a intervenção internacional no Iraque em 2003.
Formalmente, no entanto, a primeira-ministra tem competência para decidir operações militares sem a aprovação do Parlamento.
A mobilização da Royal Air Force, que participou nos ataques na Síria com quatro aviões de combate, é, sublinhou Corbyn, “legalmente discutível” e a primeiraministra “devia ter pedido a aprovação do Parlamento”.
“Seguir um Presidente norte-americano imprevisível não pode substituir-se a um mandato da Câmara dos Comuns”, criticou também o líder do Partido Liberal-Democrata, Vince Cable.
“A primeira-ministra podia e devia ter falado com o Parlamento esta semana”, insistiu. Em França, a oposição também reagiu contra a decisão do Presidente Emmanuel Macron, de envolver o país nos ataques à Síria. “Acrescentar guerra à guerra nunca faz com que se avance para a paz”, escreveu no Twitter o líder dos Republicanos no Senado, Bruno Retailleau.