Jornal de Angola

Luto

- Marcelino Wambo | Huambo Edivaldo Cristóvão

MORREU JORNALISTA DA ANGOP RUFINO MARCELINO

Morreu na manhã de sábado, dia 14, vítima de doença, o jornalista da Agência Angola Press (ANGOP), Rufino Manuel Marcelino. Segundo fonte familiar, o jornalista queixou-se de um mal estar durante o banho matinal, tendo sido levado de urgência para uma unidade hospitalar, onde acabou por falecer momentos depois. Rufino Marcelino entrou para os quadros da ANGOP em 1990, como jornalista, passando pelos Desks Exterior Diplomátic­o, Documentaç­ão, Social e à data da morte era subeditor do Desk Internacio­nal. O malogrado nasceu em Luanda, a 8 de Julho de 1965 e deixa viúva e seis filhos. Sindicado dos Jornalista­s O Sindicato dos Jornalista­s Angolanos (SJA), em nota de condolênci­as, lamenta a morte do jornalista da ANGOP Rufino Marcelina, ocorrido no sábado em Luanda vítima de doença. “O SJA endereça à família enlutada e à Agência Angola Press ( ANGOP) as mais sentidas condolênci­as pela perda inesperada de um profission­al que deixa um grande vazio dentro da classe jornalísti­ca e, em particular, ao nível do Desk Internacio­nal da agência de que era subeditor”, refere a nota assinada pelo seu secretário-geral.

HUAMBO CAÁLA COM BAIXOS NÍVEIS DE CRIMINALID­ADE

Um total de 105 casos de criminalid­ade foram registados, entre os meses de Janeiro e Março, no município da Caála, contra os 170 do mesmo período do ano anterior, informou o comandante da Polícia Nacional da circunscri­ção. Ao fazer o balanço trimestral das ocorrência­s, o superinten­dente-chefe Maurício Likutu Dias disse que o Comando Municipal da Caála notificou 105 crimes de natureza diversas, contra 170 casos registados em igual período de 2017, que culminou com a detenção de 84 elementos, dos quais 15 do sexo feminino. O superinten­dente-chefe informou que os baixos níveis de criminalid­ade no município resultou do trabalho de policiamen­to de baixa visibilida­de, micro-operações e a colaboraçã­o da população com denúncias e identifica­ção dos meliantes nas comunidade­s.. Além destas operações, Maurício Dias avançou que o comando da Polícia tem desenvolvi­do palestras de sensibiliz­ação dirigidas a população do município da Cáala e autoridade­s tradiciona­is. Humberto Costa, irmão de Damião Fernando Leopoldo Costa, assassinad­o a 13 de Janeiro de 2017, cujo caso começou a ser julgado na sexta-feira, pela 14ª secção do Tribunal Provincial de Luanda, admitiu, como declarante, que haja um mandante.

Humberto Costa acentuou que a sua família considera haver duas hipóteses a considerar, devido à brutalidad­e utilizada pelos autores do assassinat­o.

A primeira é de existir um mandante e a segunda é de o irmão ter reconhecid­o um dos meliantes. “Fora disso, não se justifica tamanha violência”, afirmou Humberto Costa, o único dos sete declarante­s arrolados no processo a depor na primeira audiência do julgamento, na qual estiveram apenas três dos cinco presumívei­s autores do assassinat­o.

Na primeira sessão do julgamento apenas foi ouvido um réu, identifica­do como Bleze Kubulamito, cidadão da República Democrátic­a do Congo, que negou as acusações do Ministério Público, com a alegação de que foi torturado por investigad­ores para admitir a autoria do crime de que é acusado.

Um dos cinco suspeitos está foragido e um outro, que aguarda julgamento em liberdade, não compareceu por ter localizaçã­o incerta.

O réu Bleze Kubulamito, também conhecido como “Beleza”, disse em tribunal ter sofrido “pressão psicológic­a e física para concordar com tudo”.

O congolês, detido desde 25 de Janeiro de 2017, declarou-se inocente. Os outros réus são Daniel Manuel, Eugénio Moisés e Maujua Jacinto. O crime ocorreu na sequência de um rapto de que foi vítima Damião Costa quando regressava a casa, na Cidade do Kilamba, depois de ter saído, por volta das 22h00 do dia 12 de Janeiro, do bairro Cassequel do Buraco, onde presenciou a celebração de uma missa de um ano em memória de um amigo.

Quando passava por Benfica, Damião Costa decidiu abastecer a viatura num posto de combustíve­l, tendo depois parado o veículo junto a uma paragem de táxi, em cujo local decidiu levar algumas pessoas, versão contada pelos presumívei­s autores do assassinat­o, quando, em Janeiro, foram apresentad­os à comunicaçã­o social.

Entraram para a viatura e, minutos depois de o carro ter deixado o local, anunciaram o assalto. De seguida colocaram a vítima no banco de trás do veículo, um Toyota Rav4, e a levaram em direcção ao bairro dos Ramiros, onde o seu corpo foi encontrado por populares, na manhã do dia 14, dois dias depois do seu desapareci­mento, numa área que a população local apelidou de "desova dos bandidos".

A família fez participaç­ão à Polícia na manhã do dia 13, por Damião Costa não ter dormido em casa, uma constataçã­o que intrigou o irmão Humberto Costa, que esteve com a vítima no Cassequel do Buraco, de onde saíram juntos, mas cada um na sua viatura e com destino diferente.

Na manhã do dia 14, a família foi informada pela Polícia de que um corpo foi encontrado e levado para a Morgue de Luanda, onde estava à espera de reconhecim­ento familiar. O jovem Damião Costa perdeu a vida aos 39 anos e deixou viúva e quatro filhos, o último dos quais tinha na altura apenas 19 dias de vida.

O relatório da autópsia aponta asfixia como a causa da morte de Damião Costa, em cujo cadáver foram encontrado­s orifícios na coxa provocados pelo disparo de uma arma de fogo. Os braços e as pernas estavam amarrados, a boca vedada com fita adesiva e o rosto coberto até ao pescoço por um saco plástico, também vedado com fita adesiva usada para embalar bagagens.

O corpo estava inflamado, admitindo-se por isso que Damião Costa tenha sido barbaramen­te assassinad­o.

O réu Bleze Kubulamito tem 41 anos, dois filhos e vive em Angola ilegalment­e desde 1995.

Antes de ser detido, trabalhava como reparador de telemóveis no mercado das Salinas, no bairro Benfica, onde reside.

Os réus Daniel Miguel e Eugénio Moisés, de 29 e 32 anos, respectiva­mente, vão ser ouvidos a 2 de Maio e oito dias depois vai ser a vez de seis declarante­s arrolados no processo.

O réu Majua Jacinto, ausente na primeira audiência por não se saber o seu paradeiro, tem 29 anos, é operador de câmara e natural da província do Cuanza- Sul.

Um dos cinco suspeitos está foragido e um outro, que aguarda julgamento em liberdade, não compareceu por ter localizaçã­o incerta

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