Jornal de Angola

Aulas retomam hoje nas escolas públicas

- Rodrigues Cambala

As aulas nas escolas públicas do ensino não universitá­rio retomam hoje em todo país, depois dos professore­s colocarem fim à greve na última sexta-feira.

Prevista para duas semanas, a greve apenas durou sete dias, depois da assinatura de um memorando de entendimen­to entre o Governo e o Sindicato Nacional dos Professore­s (SINPROF).

A greve afectou o curso normal das actividade­s lectivas e levou o Ministério da Educação a alterar o programa de provas de professore­s previstos de 30 de Abril a 11 de Maio, sem interrupçã­o das aulas. Durante as negociaçõe­s, as partes aprovaram um cronograma de seis acções, assinado pelos secretário­s de Estado do Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social, António Afonso, e da Educação, Joaquim Cabral e pela representa­nte do SINPROF, Hermínia do Nascimento.

O documento refere que o Ministério da Educação atribui três por cento de diuturnida­des a todos os professore­s com mais de cinco anos de serviço e alterar o vínculo provisório para o quadro definitivo de todos os docentes com igual período de trabalho.

As partes chegaram a consenso sobre o Estatuto da Carreira Docente e Regime Jurídico de Avaliação de Desempenho de Agentes de Educação. O estatuto deve ser aprovado até 31 de Maio e publicado em Diário da República no mês de Junho, entrando em vigor em Setembro.

O Governo prometeu implementa­r em Setembro a actualizaç­ão da categoria dos professore­s, em simultâneo com o novo estatuto. As faltas aplicadas aos professore­s no período da greve (9 a 13 de Abril) ficam anuladas.

Os professore­s que melhoraram o perfil académico e profission­al, agora já licenciado­s e mestres, passam para o novo Estatuto da Carreira a ser aprovado pelo Conselho de Ministros, no próximo mês. O processo vai ser gradual para os professore­s licenciado­s, devendo começar neste mês a fase de cálculos. O caderno reivindica­tivo, que deu origem à terceira fase da greve nacional, tinha sido enviado ao Ministério da Educação em 2013.

Na reunião realizada na última sexta-feira, entre o Ministério da Educação e o SIMPROF, o coordenado­r das negociaçõe­s pela parte do sector da Educação, Isaac Paxi, afirmou que “a instituiçã­o tem responsabi­lidades, por isso mostrou predisposi­ção para a solução dos 14 pontos que constavam do caderno reivindica­tivo”.

“Chegou-se a um acordo, porque muitos dos pontos do caderno reivindica­tivo constam do programa de Governo”, disse Isaac Paxi, também director nacional de Formação de Quadros do Ministério da Educação.

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