Fundo mais optimista em relação aos indicadores da Zona Euro
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu também em alta a estimativa de crescimento da economia do conjunto da Zona Euro para 2,4 por cento este ano, mas continua a prever um abrandamento em 2019.
De acordo com o “World Economic Outlook”, o FMI melhorou em 0,2 pontos percentuais a estimativa de crescimento económico da Zona Euro, esperando agora que cresça 2,4 por cento. Para o ano seguinte, o FMI mantém a estimativa mais recente, apresentada em Janeiro e que aponta para um crescimento económico da Zona Euro de 2,00 por cento.
O FMI afirma que as novas previsões reflectem uma procura interna “mais forte do que o esperado” em toda a zona da moeda única e melhores perspectivas de procura externa. O crescimento de médio prazo na Zona Euro deve rondar os 1,4 por cento, com os baixos níveis de produtividade, um “ímpeto de reformas fraco” e uma “demografia desfavorável” a impedirem que a economia apresente níveis de crescimento mais elevados, segundo o FMI.
Entre as principais economias da Zona Euro, a Alemanha deve crescer 2,5 por cento este ano e 2,00 por cento no próximo, com uma revisão em alta em 0,2 pontos percentuais este ano e uma manutenção da estimativa de crescimento de 2019.
Segundo o FMI, a economia de França deverá acelerar este ano, crescendo 2,1 por cento, depois de ter avançado 1,8 por cento em 2017 e abrandar ligeiramente no próximo, crescendo 2,00 por cento, com revisões em alta e ligeiras para cada um dos anos.
A Itália deve continuar a crescer abaixo de 2,00 por cento. Este ano mantém o ritmo de crescimento nos 1,5 por cento e no próximo cresce apenas 1,1 por cento, de acordo com as previsões do FMI. Já a Espanha deve crescer acima da média europeia este ano e no próximo, crescendo 2,8 por cento e 2,2 por cento, respectivamente. A previsão do FMI para a subida do PIB espanhol deste ano foi revista em alta em 0,4 pontos percentuais.
“Na Zona Euro vários países já esgotaram a sua margem orçamental e devem apostar numa consolidação gradual de uma forma ‘amiga do crescimento’' e faseada para reconstruir ‘almofadas financeiras’”, defende a instituição liderada por Christine Lagarde.
Em Itália e Espanha, por exemplo, os níveis elevados de dívida pública e as tendências demográficas desfavoráveis “exigem uma melhoria nos saldos estruturais primários, que excluem os efeitos do ciclo económico e dos encargos com a dívida, para colocar a dívida numa trajectória de redução firme”.
Por outro lado, escreve o Fundo Monetário, a Alemanha “tem uma margem orçamental que deve ser usada para aumentar o investimento público em áreas que vão aumentar o crescimento potencial, pela melhoria da produtividade e pela melhoria da participação das mulheres e dos imigrantes no mercado de trabalho”.