Crescimento de Angola revisto em alta para 2,20 por cento
O Fundo Monetário Internacional estimou ontem que a economia mundial cresça 3,9 por cento este ano, melhorando uma décima face aos 3,8 por cento de crescimento de 2017
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em alta a perspectiva de crescimento de Angola, prevendo que a economia cresça 2,2 por cento este ano e 2,4 por cento no próximo ano, segundo as Previsões Económicas Mundiais (World Economic Outlook) divulgadas ontem, em Washington, Estados Unidos.
O crescimento em Angola deve subir de 0,7 por cento em 2017, para 2,2 por cento em 2018 e 2,4 por cento em 2019, o que mostra uma melhoria de 0,6 pontos percentuais e de um ponto percentual, respectivamente, face às Previsões Económicas Mundiais de Outubro do ano passado.
Segundo o Fundo Monetário Internacional, que realiza esta semana os Encontros da Primavera, a recuperação económica em Angola baseia-se essencialmente na subida dos preços do petróleo face aos baixos valores dos últimos anos, que “aumentam o rendimento disponível e melhoram o sentimento económico”.
De acordo com o relatório Angola deve acelerar o crescimento, mas continua a ver a economia a expandir-se abaixo da média da África subsaariana. Esta região, segundo as previsões do FMI, deve registar um crescimento de 3,4 por cento este ano e acelerar para 3,7 por cento no próximo ano, o que revela uma melhoria sustentada desde 2017, ano em que estes países cresceram, em média, 2,8 por cento. Economia mundial O Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou ontem que a economia mundial cresça 3,9 por cento este ano, melhorando uma décima face aos 3,8 por cento de crescimento de 2017, ano que registou o maior crescimento desde 2011.
“O crescimento mundial fortaleceu-se em 2017 para 3,8 por cento, com uma recuperação notável do comércio mundial, e foi liderado pela recuperação do investimento nas economias avançadas, pela manutenção do crescimento forte na Ásia, uma notável aceleração na Europa emergente e sinais de recuperação em vários exportadores de matérias-primas”, lê-se nas Previsões Económicas Mundiais (World Economic Outlook).
No documento divulgado no arranque dos Encontros da Primavera organizados anualmente em conjunto com o Banco Mundial, lêse que “o crescimento mundial deve aumentar 3,9 por cento este ano e no próximo, apoiado por um fôlego forte, pelo sentimento favorável nos mercados, pelas condições financeiras acomodatícias e pelas repercussões internas e externas da política orçamental expansionista dos Estados Unidos”.
A “recuperação parcial” dos preços das matérias-primas, acrescenta o FMI, deve permitir aos países exportadores melhorarem a sua economia gradualmente, apesar de o FMI prever que, a médio prazo, o crescimento mundial decline para 3,7 por cento.
Ainda que o crescimento para 2018 e 2019 esteja ao nível mais alto desta década, os técnicos do FMI alertam para a falta de garantias de que a aceleração se mantenha. “Os riscos ascendentes e descendentes que podem influenciar as previsões para cima ou para baixo são equilibrados nos próximos trimestres, mas mais à frente tendem para a parte descendente”, lê-se no documento.
“Com as condições financeiras ainda facilitadas e a inflação persistentemente baixa, o que obrigou uma acomodação de política monetária mais prolongada, a acumulação de vulnerabilidades financeiras pode originar um rápido aperto nas condições financeiras, com impacto na confiança e no crescimento”, acrescentam os peritos do FMI.
Por isso, “o panorama actualmente favorável oferece uma janela de oportunidade para as políticas e as reformas que protejam o sentimento positivo e aumentem o crescimento a médio prazo para benefício de todos”.
A “recuperação parcial” dos preços das matériasprimas deve permitir que os países exportadores melhorarem a sua economia gradualmente, apesar de o FMI prever que o crescimento mundial decline para 3,7 por cento