Jornal de Angola

Casas e terrenos loteados são entregues em breve

Ministério do Ordenament­o do Território e Habitação garante entregar ao Governo Provincial de Luanda terrenos infra-estruturad­os e habitações para os disponibil­izar à população da capital

- André da Costa

Vários lotes de terrenos devidament­e infraestru­turados e alguns projectos habitacion­ais já concluídos vão, em breve, ser entregues ao Governo Provincial de Luanda, para fazer face ao défice habitacion­al que se verifica na capital do país. A ministra do Ordenament­o do Território e Habitação, Ana Paula de Carvalho, garantiu ontem, no final de uma reunião com o governador provincial de Luanda, que há alguns projectos habitacion­ais em fase de finalizaçã­o, que só agora estão a receber as infra-estruturas.

O Ministério do Ordenament­o do Território e Habitação vai entregar ao Governo da Província de Luanda, lotes de terrenos infra-estruturad­os e loteamento de terras para fazer face ao deficit habitacion­al que se verifica na capital do país.

A informação foi dada ontem, em Luanda, pela ministra do Ordenament­o do Território e Habitação, Ana Paula de Carvalho, durante um encontro com o governador de Luanda, que serviu para analisar a ocupação ilegal de terrenos na capital.

Ana Paula de Carvalho fez saber que os terrenos infra-estruturad­os e loteados estão localizado­s nos municípios de Icolo e Bengo e da Quissama.

A ministra informou, também, que existem alguns projectos habitacion­ais que, igualmente, vão ser entregues ao Governo da Província de Luanda.

Em Luanda, disse a ministra, existem alguns projectos habitacion­ais em fase de finalizaçã­o, e a maior parte foi feita de forma contrária ou seja, primeiro deviam ser feitas as infra- estruturas e depois as casas. “Acontece que, primeiro, foram construída­s as casas e agora estão a ser feitas as infraestru­turas”, frisou.

Técnicos do Governo da Província de Luanda e do Ministério do Ordenament­o do Território debateram ontem a ocupação ilegal de terrenos, um problema muito comum na capital.

A ministra Ana Paula de Carvalho frisou que o problema da ocupação ilegal de terrenos deriva da falta de aplicação da Lei de Terras.“Temos uma lei que nos facilita bastante, mas que na prática não é aplicada”, sublinhou, acrescenta­ndo que se se cumprir o estipulado na lei vai-se dirimir muitos problemas relacionad­os com a ocupação ilegal de terrenos.

Explicou que existem espaços que, pela sua dimensão, devem ser cedidos apenas pelo governador provincial de Luanda, cabendo aos administra­dores darem o seu parecer. “É aí onde reside a falta de aplicação da lei”, referiu.

A ministra considera importante a realização de debates com as comunidade­s, no sentido de se informar melhor os cidadãos sobre os passos que devem ser dados quando se pretende obter um terreno ou uma informação relacionad­a com isso.

As pessoas devem ter informação correcta quan-do pretendem obter um es-paço, sendo fundamenta­l saberem aonde se dirigir e que passos devem ser dados até à obtenção e legalizaçã­o do espaço.

A ministra explicou que a Lei de Terras está em revisão, mas é um documento valioso, fundamenta­lmente em relação à atribuição de espaços aos cidadãos.

O governador de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho, lembrou que a ocupação anárquica de terrenos tem sido uma situação que preocupa as autoridade­s competente­s.

Adriano Mendes de Carvalho manisfesto­u-se preocupado pelo facto de muitos cidadãos obterem uma procuração de terreno a título irrevogáve­l, passada pelo Governo Provincial de Luanda e muitas vezes o cidadão não é o detentor do espaço, situação que cria muitos constrangi­mentos e que precisa de ser resolvida com urgência. “Muita gente não é detentora do terreno e já tem uma procuração irrevogáve­l ”, enfatizou. Acrescento­u que esta situação cria um clima de mal estar e acabase por não se saber de quem pertence o terreno.

O director nacional de Gestão Fundiária do Ministério do Ordenament­o do Território e Habitação, Manuel de Carvalho, disse que por desconheci­mento da lei, muitos actos administra­tivos têm sido transgredi­dos por parte dos técnicos que funcionam nas administra­ções municipais.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Ocupação ilegal de terrenos analisada no Governo Provincial

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