Jornal de Angola

1º DE AGOSTO VENCE E SOBE QUATRO LUGARES

Vitória de ontem pela margem mínima frente aos maquisarde­s coloca militares próximos das equipas do meio da tabela da prova

- Honorato Silva

Com um triunfo pela margem mínima (1-0), ontem no Estádio Nacional 11 de Novembro, frente ao FC Bravos do Maquis, o 1º de Agosto subiu alguns degraus na tabela classifica­tiva do Campeonato de Futebol da I Divisão, Girabola Zap, que acertou a terceira jornada.

Os bicampeões pegaram no jogo depois dos dez minutos, controlado que estava o arreganho competitiv­o dos maquisarde­s, muito ousados nos instantes iniciais, ao ponto de forçarem os donos da casa a redobrarem as cautelas defensivas, de modo a garantir a inviolabil­idade da baliza à guarda de Neblu.

Com a rotação de alguns jogadores, comparativ­amente à equipa utilizada sábado, no jogo 75 do clássico dos clássicos do futebol angolano, frente ao Petro de Luanda, que terminou igualado sem golos, a formação “rubra e negra” procurou mostrar uma atitude diferente.

Na defesa, Bobó deu lugar a Bonifácio, para fazer parelha no centro com o experiente Yisa. No meio campo, entrou Buá e saiu Chow, enquanto no ataque Jacques, avançado que tarda em justificar a aposta como substituto de Rambé, ocupou o lugar de Razaq, lesionado na disputa com os petrolífer­os.

Talvez em resposta às críticas feitas ao seu desempenho no jogo anterior, os militares do Rio Seco apostaram nos remates à meia distância, uma das grandes pechas da equipa, que abusa da circulação da bola sem objectivid­ade. Buá e Fofó foram os mais activos na procura dos caminhos da baliza de Dadão.

Cumprido o primeiro quarto de hora, já com total controlo das incidência­s do desafio, o 1º de Agosto criou vantagem no marcador, por intermédio de Geraldo, na sequência de vários remates. Meio aos trambolhõe­s, Jacques assistiu de calcanhar, para o colega empurrar.

Até ao soar do apito de Pedro dos Santos, a dar por concluída a primeira parte, apenas a equipa orientada por Zoran Maki mostrava o que fazia em campo. Os pupilos de Zeca Amaral pareciam desligados da estratégia ensaiada com o propósito de contrariar o favoritism­o dos detentores do título nacional. Mas Jacques fez questão de confirmar o seu desconfort­o na posição de referência do ataque do 1º de Agosto, ao desperdiça­r, muito perto do intervalo, uma situação clara de golo. Buá assistiu o pontade-lança, que optou pelo mais difícil. Rematar ao lado.

Domínio reforçado

A etapa complement­ar foi marcada pelo incremento do domínio dos anfitriões, que arrendaram o último terço dos visitantes. As alterações operadas por Zeca Amaral, com a troca de Eric por Gazeta e Chara por Guy, visaram estancar a vertigem do jogo do adversário, determinad­o em não repetir a perda de pontos.

O FC Bravos do Maquis ousado levou tempo a assumir a sua identidade. Quando pareceu chegar perto dos seus registos habituais, a defensiva do 1º de Agosto, da qual se destaca o entendimen­to entre Yisa e Bonifácio, interveio, para a tranquilid­ade de Neblu, pouco solicitado na partida.

A história do primeiro tempo foi repetida na etapa complement­ar, com os militares a canalizare­m as suas acções pelos corredores laterais, sobretudo no flanco esquerdo explorado por Fofó, que, nas vezes que conseguiu colocar a bola na área, viu Dadão a superar os seus colegas, nas tentativas de finalizaçã­o.

As partidas disputadas em Fevereiro registaram os seguintes resultados: Recreativo do Libolo-Académica do Lobito (1-0), JGM do Huambo-Kabuscorp do Palanca (1-2), Interclube­Sagrada Esperança (2-0), Petro de Luanda-1º de Maio de Benguela (0-0), Domant FC-Progresso Sambizanga (1-1), Recreativo da CaálaSport­ing de Cabinda (0-0) e Desportivo da Huíla-Cuando Cubango FC (3-1).

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SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Avançado Fofó teve papel determinan­te na frente de ataque da equipa de Zoran Maki

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